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TIC Domicílios 2025 aponta redução da lacuna de acesso à internet entre classes sociais, mas diferença persiste

09 de dezembro de 2025

por Roberta Prescott

TIC Domicílios 2025 aponta redução da lacuna de acesso à internet entre classes sociais, mas diferença persiste

A diferença entre as classes sociais dos domicílios com acesso à internet passou por uma drástica redução em dez anos. Se, em 2015, 99% das casas da classe A acessavam à internet contra apenas 16% das casas da classe DE, em 2025, o porcentual do extrato social mais baixo passou para 73% — e a classe A subiu para 100%. Isso significa que a diferença de 83 pontos porcentuais (pp) caiu para 27 pp.


Ainda é grande, sim, mas vem apresentando redução, tanto que, entre 2024, os domicílios DE com internet representavam 68%, seis pontos a menos. No total, os domicílios com acesso à internet saltaram de 51% do total, em 2015, para 86% em 2025, sendo que houve um avanço de três entre 2024 e este ano.  


Os dados fazem parte da 21ª edição da TIC Domicílios 2025, pesquisa realizada anualmente desde 2005 e que cumpre papel relevante para o debate da inclusão digital do Brasil, além de gerar insumos para a monitoração das políticas públicas. Divulgada nesta terça-feira, 9/12, em coletiva de imprensa online, o estudo revela uma rápida adoção da tecnologia de inteligência artificial generativa, cenário no qual também se observam  disparidades na apropriação de ferramentas de IA entre perfis de renda e escolaridade.


A amostra deste ano tem 27.177 domicílios respondentes e 24.535 indivíduos respondentes, um universo maior, o que permitiu a publicação de por resultados por unidades federativas e por região metropolitana. A TIC Domicílios foi lançada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).


Ao apresentar, Fabio Storino, coordenador da TIC Domicílios, destacou que a diferença entre as classes sociais vem reduzindo, mas existe uma lacuna importante. Esse aspecto fica ainda mais claro ao se analisarem os dados de tipo de conexão predominante, presença do computador e o impacto que o fim do pacote de dados móveis tem no acesso à internet.


Entre domicílios da classe A, 95% contam com fibra ótica ou cabo, enquanto nas classes C é 75% e na DE, 60%. Há de se pontuar, contudo, o aumento nas conexões por fibra ótica ou cabo de 11 pp na classe DE e de 7 pp na C. Do total de domicílios conectados, 11% deles tinham a rede móvel como principal conexão em 2025, menos que os 15% de 2024.


A presença do computador, seja ele de mesa, portátil ou tablet, talvez seja a face mais clara dessa desigualdade. “Encontramos diferenças relevantes entre áreas urbana e rural e também por classe social”, aponta Storino. Na classe A, 97% dos lares têm computador, um porcentual que despenca para 10% na classe DE. Na prática, se entre os domicílios com computador, 69% dos usuários de Internet fizeram uso da máquina, naqueles sem o computador, foram apenas 8%.


“Embora o computador possa estar presente nas escolas e empresas, a presença dele nos domicílios é importante para acessar à internet. A pesquisa já vem mostrando, há vários anos, que o aproveitamento da internet e das tecnologias por meio de múltiplos dispositivos para uso da internet é mais rico e diverso; por isso, é importante olhar para os dispositivos”, explica o coordenador da TIC Domicílios.


A qualidade do acesso à internet está diretamente ligada ao dispositivo usado. Quase dois terços dos usuários de internet (65%) acessam à rede exclusivamente por telefone celular e isso representa aumento de cinco pontos porcentuais em relação a 2024. Houve aumentos estatisticamente significantes também entre os homens (+ 10pp) e os pretos (+17 pp). “Quando olhamos indicadores de qualidade de acesso, as diferenças entre população branca e parda e também pelo grau de instrução se evidenciam”, aponta Storino.


O coordenador ressalta que não basta o usuário vencer a barreira da não-conexão, aspectos relativos à conexão, como a qualidade do acesso e o dispositivo importam na percepção dos benefícios do uso da internet. Nesse sentido, a conectividade significativa engloba a acessibilidade financeira — custo da conexão domiciliar  e plano de celular —, o acesso a dispositivos, considerando os dispositivos per capita, se há computador no domicílio e o uso diversificado de aparelhos; a qualidade da conexão, incluindo o tipo de conexão domiciliar e a velocidade dela; e o ambiente de uso, como a frequência de uso da Internet e locais de uso diversificados.


“Enquanto temos 85% da população sendo usuária de internet, ou seja, que venceu a barreira de estar conectada, apenas 20% está na faixa mais alta das condições de qualidade de acesso. A boa notícia é que tem diminuído a proporção que está na faixa mais baixa de conectividade significativa e a má notícia é que, entre as faixas mais altas, o cenário é de estabilidade”, pondera Storino.


De acordo com a pesquisa, 86% da população urbana e 77% da rural é usuária da internet, totalizando 157 milhões de usuários de Internet em 2025. Mas incluindo os usuários de Internet, os usuários de Internet no telefone celular e aqueles de aplicações que necessitam de conexão à Internet, o número chega a 163 milhões (88%) no conceito ampliado. Destes, 65% acessam à internet exclusivamente pelo telefone celular.


Nesse cenário, a disparidade entre classes é ainda maior. Enquanto apenas 5% dos usuários da classe A acessam à internet unicamente pelo plano de dados, o porcentual sobe para 67% na classe C e 87% na classe DE. Por isso, o fim dos planos de dados tem impacto tão negativo: 64 milhões de indivíduos afirmaram que o pacote de dados de seu plano de celular acabou pelo menos uma vez nos últimos três meses. E mais: 20% dos usuários da Região Norte só conseguiram usar alguns dos aplicativos que costumavam usar e 24% em áreas rurais e na Região Norte não conseguiram usar nenhum dos aplicativos. 
 

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