Um em cada 10 brasileiros passa pelo menos 15 dias sem acesso à internet móvel no Brasil

03 de setembro de 2025

por Da Redação Abranet

Um em cada 10 brasileiros passa pelo menos 15 dias sem acesso à internet móvel no Brasil

Um em cada dez brasileiros com renda de até um salário mínimo (R$ 1.518, em 2025) passa pelo menos 15 dias por mês sem acesso à internet móvel, mostra a Pesquisa de Conectividade Significativa, divulgada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta terça-feira, 2.

O levantamento, realizado com apoio do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), ainda aponta que, entre os consumidores desta faixa de renda, 8,9% ficam sem conectividade móvel de oito a 15 dias por mês. Já 14,5% passam até uma semana sem sinal de banda larga via rede celular. Ainda assim, mais da metade (58%) indica que não fica sem franquia de dados móveis.

Nas faixas de renda mais altas, o cenário é mais brando. Entre aqueles cuja renda vai de um a três salários mínimos (R$ 4.554), apenas 6,6% ficam mais de 15 dias sem conectividade móvel, enquanto 59,4% não passam nenhum dia sem conexão celular.

Já entre os consumidores com mais de três salários mínimos, 73% têm disponibilidade de dados móveis todos os dias do mês e apenas 2,2% ficam pelo menos metade do mês sem franquia móvel.

Vale notar, no entanto, que 35% das pessoas com renda de até um salário mínimo e 35,6% das que ganham de um a três mínimos ficam sete dias ou mais por mês sem acesso à internet móvel. Na mesma base de comparação, o percentual cai para 25% entre os que recebem mais de três salários mínimos por mês.

Os dados reforçam, portanto, que o tempo sem acesso à internet por falta de dados móveis é mais comum entre os grupos de renda mais baixa. Inclusive foi identificada uma relação estatística significativa entre tempo sem franquia para acesso à internet e faixa de renda. Ou seja, os testes estatísticos confirmam que, em geral, quanto menor a renda maior o número de dias sem internet móvel, diz o estudo da Anatel.

Smartphones

De acordo com a pesquisa, entre os usuários com renda de até um salário mínimo, 51% compraram smartphones com valor de até R$ 1 mil. Nesta faixa de renda, 38,8% gastaram de R$ 1 mil a R$ 3 mil no aparelho. Apenas 1,2% desembolaram mais de R$ 3 mil no smartphone – outros 9% não souberam responder.

Já nas demais faixas de renda, os aparelhos cujos preços variam de R$ 1 mil a R$ 3 mil são mais comuns – chegam a 57,3% dos consumidores que ganham de um a três salários mínimos e 51,7% dos que recebem mais de três mínimos.

Inclusive, nota-se que mais de um quarto (27,9%) das pessoas que ganham mais de três salários mínimos paga mais de R$ 3 mil na aquisição de um celular.

A pesquisa ainda mostra que, em qualquer faixa de renda, o aparelho celular atualmente em uso foi adquirido há menos de dois anos. Os testes estatísticos indicaram que não existe uma associação entre tempo de posse do celular e faixa de renda, assegura o estudo.

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