Moreiras, do NIC: adoção ao IPv6 por PPPs é baixa, mas eles já começaram a se movimentar

11 de agosto de 2025

por Roberta Prescott

Moreiras, do NIC: adoção ao IPv6 por PPPs é baixa, mas eles já começaram a se movimentar


De um lado, as grandes operadoras possuem quase 100% de adoção ao IPv6, mas, por outro, os provedores de pequeno porte estão distantes desta realidade, aponta Antonio Moreiras, gerente no NIC.br, em entrevista em vídeo para Abranet. “Se a gente olhar no cômputo geral, a gente vai chegar a uma porcentagem muito baixa, mas tem um dado positivo, a maior parte dos provedores começou algum tipo de adoção”, disse.


Moreiras explicou que é muito difícil que um sistema autônomo não tenha nada de IPv6: eles são ter 5%, 10%, 20% ou 30% de adoção. “Tem alguns que estão muito bem com quase 100% de adoção. Varia muito, mas tem muito que avançar. Então, o fato de eles terem começado a adotar é um bom sinal e talvez um sinal de que adotaram uma estratégia de que a expansão da rede tem que ser feita com IPV6, que é uma estratégia excelente, é uma estratégia recomendável para os provedores.”


Entre as principais barreiras dos provedores para migrar de IPV4 para IPV6, está o fato de que os provedores de internet ainda enxergam que o IPV4 está funcionando, mesmo com algumas dificuldades e com a necessidade de implantação de CGNAT — e, por isso, não vêem a importância do IPv6. E tem uma dificuldade mais prática e mais concreta que é o equipamento na casa dos usuários.


“Ainda têm muitos dispositivos no mercado que não suportam IPv6 e, às vezes, o provedor, na compra de um lote grande de CPEs, ele faz opção por pagar alguns reais a menos em em cada unidade e pega um modelo que não tem um suporte a IPv6 ou não tem um suporte adequado”, detalha.


O tráfego está migrando naturalmente para o IPv6 — e isso traz vantagens. “Um provedor que coloca 100% de IPv6 para os seus usuários, ele hoje enxerga mais ou menos 50% a 60% do tráfego indo via IPv6. Isso tira a carga da rede IPv4, tira a carga do CGNAT, diminui esses problemas com identificação de usuários, logs”, explica, acrescentando que provedores têm respondido que a migração compensa.

 

 

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