Excelência em inovação: um alvo móvel. Corre atrás, que ele anda depressa...

28 de julho de 2025

por Redação The Shift

Excelência em inovação: um alvo móvel. Corre atrás, que ele anda depressa...

A resiliência para a inovação é uma característica definidora de empresas de alto desempenho, segundo a edição 2025 do relatório “Most Innovative Companies”, do BCG. E a excelência em inovação – e em particular, a excelência em inovação digital – um alvo em movimento. A proporção de empresas que se consideram líderes em inovação caiu 24 pontos percentuais entre 2021 e 2024. Mas a IA Agêntica surge como uma nova oportunidade para inovar em meio às adversidades.

Entre outras coisas, o relatório destaca a ascensão da China entre as mudanças mais expressivas nos últimos 20 anos. Em 2005, nenhuma empresa chinesa aparecia no ranking. Em 2023, ocupavam 8 das 50 posições (16% do total da lista), incluindo 2 das 10 mais inovadoras. Desde 2009, quando a primeira entrou na lista, um total de 13 empresas chinesas foram classificadas. Enquanto isso, as empresas norte-americanas viram sua participação cair de quase três quartos da lista para cerca de metade, embora ainda representem dois terços das inovadoras em série – empresas que se classificaram 10 vezes ou mais.

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Historicamente, as empresas europeias geralmente têm classificação mais baixa na lista. O velho continente também responde pela maior parcela de empresas que apareceram na lista apenas uma vez. Em comparação com outras regiões, as empresas mais inovadoras da Europa tendem a se inclinar para setores industriais, como automotivo e farmacêutico.

O relatório ressalta também que a maturidade digital se tornou “a” aposta para o sucesso da inovação. Hoje, todos as empresas do ranking discutem inovação digital mais do que no passado, mas as 25 inovadoras em série (que se classificaram mais de 10 vezes entre os 50 primeiros) estão fazendo isso quase quatro vezes mais do que outras.

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Nas últimas duas décadas, as 174 empresas que já integram essa lista das mais inovadoras tiveram que navegar por uma série de avanços tecnológicos. Primeiro, os dispositivos móveis e os aplicativos possibilitaram novas maneiras de se conectar com clientes e coletar seus dados, desafiando quase todas as organizações a aprimorar suas operações. As plataformas sociais também ofereceram novas possibilidades de obter insights sobre os clientes e de promover inovação colaborativa.

Cloud Computing e Internet das Coisas (IoT) possibilitaram novos modelos de negócios. A Robótica possibilitou novas técnicas de fabricação flexíveis. A IA tornou possíveis decisões de P&D mais baseadas em dados e novas propostas de valor dinâmicas, como a personalização. Todos esses desenvolvimentos redefiniram o estado da arte da análise de inovação. Agora, a GenAI e a IA Agêntica prometem impulsionar a ideação e transformar o modelo de talentos para a inovação.

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Os números são impressionantes:

  • IA atraiu US$ 124,3 bilhões em investimentos de capital em 2024.
  • IA Agêntica viu as ofertas de emprego explodirem em 985%.

A análise da McKinsey revela que estamos entrando em uma era definida por sistemas autônomos, novos modelos de colaboração entre humanos e máquinas e intensa competição regional pelo domínio tecnológico. As empresas mais bem-sucedidas não serão apenas aquelas que gastarem mais, mas também aquelas capazes de navegar por essa complexidade, enquanto aproveitam o poder transformador da IA.

Conclusão: a excelência em inovação, de 2025 em diante, exige fluência digital, conhecimento geopolítico e a coragem de reinventar seus negócios enquanto o mundo se transforma ao seu redor. E neste novo cenário, resiliência não é só sobreviver à disrupção. É criá-la.


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