Maior vazamento de dados do Pix aconteceu na plataforma Sisajud, da CNJ

24 de julho de 2025

por Da redação da Abranet

Maior vazamento de dados do Pix aconteceu na plataforma Sisajud, da CNJ

Uma falha crítica de segurança cibernética atingiu o ecossistema brasileiro de pagamentos instantâneos nesta semana. O comprometimento do sistema Sisbajud resultou na maior exposição de dados da história do Pix, afetando 11.003.398 usuários entre os dias 20 e 21 de julho. Foram expostos dados cadastrais vinculados a 46,89 milhões de chaves PIX.

A dimensão do incidente representa uma escalada dramática nos riscos de segurança digital do país. Para contextualizar a magnitude: o vazamento atual supera em mais de 26 vezes o anterior recorde negativo, registrado em agosto de 2021, quando 414.526 chaves foram comprometidas.

A invasão teve como alvo o Sisbajud, plataforma tecnológica que conecta o sistema judiciário às instituições financeiras para rastreamento de ativos. Esta ferramenta, desenvolvida através de parceria entre CNJ e Banco Central, processa volumes massivos de dados bancários diariamente.

Os invasores conseguiram acesso a um conjunto específico de informações: identificação pessoal completa, chaves Pix utilizadas, dados das instituições financeiras vinculadas e numeração de agências e contas. Crucialmente, sistemas mais sensíveis permaneceram protegidos – senhas, saldos e históricos de transações não foram alcançados pelos atacantes.

As autoridades monetárias brasileiras implementaram protocolos de resposta a incidentes imediatamente após a detecção da brecha. O sistema foi isolado, vulnerabilidades corrigidas e operações normalizadas dentro de 48 horas do ataque inicial.

A comunicação oficial do Banco Central enfatizou limitações dos dados expostos: “não permite movimentações de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”. Esta declaração visa conter potencial pânico no mercado financeiro, considerando a sensibilidade do tema.

Simultaneamente, autoridades de investigação – Polícia Federal e ANPD – iniciaram apurações para identificar origem e metodologia do ataque. O CNJ prometeu estabelecer canal digital para consultas públicas sobre impacto individual.

 

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