Inovação é fator chave para alavancar negócios, diz pesquisa da Quaest

28 de julho de 2025

por Redação Abranet

Inovação é fator chave para alavancar negócios, diz pesquisa da Quaest

A pesquisa “Do caderninho à inovação: os novos caminhos do empreendedor brasileiro”, realizada pela Quaest para o Itaú Emps, revela que, apesar de haver perfis muito diversos na relação com as finanças, há um ponto em comum aos empreendedores brasileiros: a busca por mais independência, otimização de tempo e a percepção de que inovar é essencial para manter o negócio ativo. O estudo mostrou que os empreendedores buscam soluções financeiras que aliem tecnologia, apoio consultivo e segurança como pilares fundamentais.


Realizada entre 14 de maio e 2 de junho, a pesquisa ouviu 600 empreendedores de todo o Brasil com faturamento anual entre R$ 200 mil e R$ 3 milhões. Com margem de erro de 4 pontos percentuais e 95% de nível de confiança, o estudo apontou que a inovação é vista como essencial para a continuidade e relevância dos pequenos negócios.

 

Os empreendedores já reconhecem o valor da tecnologia na otimização de processos e no relacionamento com clientes, e enxergam na inovação um motor para o crescimento. Ainda assim, muitos enfrentam dificuldades em aplicar soluções tecnológicas no dia a dia, especialmente na gestão financeira.

 

Quase metade dos entrevistados (49%) tem como meta principal o aumento do faturamento, mas há também forte preocupação com estruturação e expansão (18%), indicando que muitos negócios estão em transição entre o momento da sobrevivência e o desejo de consolidação.

 

“Mesmo com objetivos ambiciosos, a maioria ainda faz o controle financeiro de forma tradicional, com anotações em cadernetas (16%), planilhas simples (23%) ou apoio do contador (23%) – que oferece um controle mais pontual e voltado a tributos do que um olhar de apoio à gestão e ao crescimento. As principais necessidades apontadas na gestão financeira são controle de custos (17%) e orientação na tomada de decisões (15%). Isso revela um grande espaço – e inclusive demanda – para soluções que combinem tecnologia e apoio consultivo”, explica Nathália Porto, diretora da Quaest.

 

A maioria (4,7 de 5) concorda que para ser relevante é preciso inovar e gostaria de ter mais apoio nos desafios de negócio. Nesse cenário, a IA generativa aparece como um potencial ganho trazendo inovação com aplicações diretas na otimização de tarefas e de tempo, já fazendo parte da rotina de 44% dos empreendedores do Brasil.

 

Entre os entrevistados que usam IA em suas empresas, a maior parte explora possibilidades em soluções ligadas ao marketing ou relacionamento (70%), utiliza para geração de imagens e vídeos (65%) e análise de dados (52%). Um quarto dos empreendedores ouvidos já usam a IA para tomada de decisões financeiras, como investimentos, empréstimos e otimização de fluxo de caixa, o que demonstra uma abertura para as potencialidades da inovação.


O estudo mostrou ainda que, em uma escala de 1 a 5, os empresários são otimistas quanto ao potencial da IA em ajudar suas empresas a melhorar o atendimento (3,8), aumentar a produtividade (3,8), controlar entradas e saídas financeiras (3,3), realizar pagamentos e transferências (3,1) e avaliar a necessidade e contratação de crédito (2,9). Em todas as opções apresentadas, eles enxergam espaço para receber ajuda nas áreas, com base nas suas experiências ou conhecimento que têm sobre ferramentas de IA.

 

Fatores relevantes para esse uso, além da integração e responsabilidade dos dados, são a segurança e a confiança: para 22% dos entrevistados, a segurança é o aspecto mais importante no uso de uma IA generativa oferecida por uma instituição financeira, enquanto 12% têm na qualidade das informações sua maior preocupação.

 

O empreendedor brasileiro atual busca autonomia e crescimento, mas ainda enfrenta desafios de gestão e estrutura. “Há muito interesse por inovação, e o uso da inteligência artificial já ganha espaço – mas ainda com muito potencial a ser conquistado, especialmente em aspectos como gestão e finanças. A confiança na segurança dos dados é central para ampliar essa adoção, indicando que o avanço da IA nesse contexto pode ser benéfica por meio de maior clareza, acessibilidade e alinhamento com as necessidades reais do empreendedor – e principalmente, de forma integrada às suas jornadas”, finaliza Nathália Porto.
 

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