Ranking Mundial de Competitividade: Brasil sobe 4 posições e atinge melhor posição desde 2021

17 de junho de 2025

por Redação Abranet

Ranking Mundial de Competitividade:  Brasil sobe 4 posições e atinge melhor posição desde 2021

O Brasil avançou para a 58ª posição em 2025, superando a 62° colocação registrada no ano passado e alcançando seu melhor despenho desde 2021 no Anuário de Competitividade do IMD, em parceria com o Núcleo de Inovação, IA e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC). O estudo analisa 69 países e leva em consideração a capacidade dos países de criar e manter um ambiente que sustente a competitividade.

 

O resultado brasileiro reflete avanços em áreas como desempenho econômico e eficiência empresarial. Ao comparar esse cenário com a trajetória brasileira, observa-se uma década marcada por oscilações em posições mais baixas, com momentos de queda acentuada e leves recuperações. 

 

Após seu pior desempenho, em 2024, reflexo de desafios conjunturais em infraestrutura, produtividade, ambiente regulatório e governança, o Brasil conseguiu subir para 58ª posição esse ano, impulsionado por uma leve melhora na performance econômica. Essa recuperação sinaliza uma oportunidade que dever ser aproveitada. Dessa forma, esse panorama evidencia que a competitividade não depende apenas de fatores econômicos tradicionais, mas também de estratégias de longo prazo em educação, inovação, governança digital e sustentabilidade.

 

O Brasil apresentou alguns destaques positivos em 2025, como o fluxo de investimento direto estrangeiro (5º), crescimento de longo prazo de emprego (7º), subsídios governamentais (6º), total de atividade empreendedora (8º) e energias renováveis (5º).
 

 

Por outro lado, as exportações de serviços comerciais (67%), a mão de obra qualificada (68º), a educação primária e secundária (69º), as habilidades linguísticas (69º) e a dívida corporativa (68º) figuram entre os principais indicadores de desempenho do Brasil no ano de 2025.
 

Mundo
De forma resumida, o anuário reforça a forte presença de países da Ásia e Europa nas primeiras colocações do ranking, refletindo estratégias bem-sucedidas de longo prazo em educação, inovação e governança. Por outro lado, economias da América do Sul e África continuam predominantemente nas posições mais baixas, evidenciando a necessidade de reformas estruturais profundas para avançar em competitividade global.

 

A Suíça assumiu a liderança do Ranking Mundial de Competitividade do IMD em 2025, subindo da 2ª posição no ano anterior. Em seguida, aparecem Singapura (2º) que manteve a liderança em performance econômica e Hong Kong (3º), com avanços em eficiência empresarial e institucional. Dinamarca (4º) e Emirados Árabes Unidos (5º) completam o top 5.

 

 

Nas últimas posições estão Venezuela (69º), Namíbia (68º), Nigéria (67º), Turquia (66º), Mongólia (65º) e África do Sul (64º). Esses países continuam enfrentando questões como instabilidade institucional, baixa integração econômica e infraestrutura precária.


 

Entre os países europeus com pior desempenho, está a Eslováquia (63º), que continua enfrentando entraves regulatórios e institucionais.
 

No continente asiático, Singapura, Hong Kong e Taiwan (6º) consolidam a liderança regional, mantendo presença no top 10 com elevado desempenho em tecnologia, governança e integração internacional. Já a Mongólia (64º) figura entre as piores posições, refletindo os desafios em estabilidade macroeconômica e infraestrutura.


Nos últimos anos, observa-se uma certa constância nos países líderes, com a ascensão gradual de algumas economias. A Suíça manteve um desempenho estável, disputando as primeiras posições principalmente devido à forte base em inovação, educação de excelência e um ambiente propício aos negócios, sustentado por políticas consistentes e estabilidade institucional. Singapura e Hong Kong também permaneceram no topo ao longo da década, com destaque para o ambiente de negócios eficiente, os investimentos em infraestrutura digital e políticas públicas voltadas à inovação.


 

A Dinamarca apresentou um crescimento consistente, subindo da 8ª posição em 2015 para a 4ª em 2025, impulsionada pela digitalização do setor público e pela consolidação de ecossistemas colaborativos de inovação. Já os Emirados Árabes Unidos e Taiwan foram dois dos países que mais subiram no ranking, resultado de estratégias de diversificação econômica e investimentos robustos em tecnologia e educação.


 

Irlanda, Suécia e Qatar demonstraram avanços relevantes, especialmente em políticas voltadas à atração de empresas e à modernização tecnológica. Os Países Baixos conseguiram consolidar sua posição entre os dez primeiros nos últimos anos, especialmente por logística e infraestrutura de ponta, ambiente de negócios eficiente e altamente digitalizado, com um grande ecossistema de startups.

 

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