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Inquietude e resiliência são inerentes ao processo de inovação

21 de março de 2025

por Roberta Prescott

Inquietude e resiliência são inerentes ao processo de inovação

A habilidade de criticar a realidade é um passo fundamental no processo de inovação, destacou Marcela de Masi, diretora-executiva de branding e comunicação do Grupo Boticário, empresa na qual trabalha há 12 anos, ao participar do SAS Women Empowerment Day, realizado em São Paulo. Durante o evento diversas líderes mulheres debateram como inovar no ambiente corporativo e quais são os desafios e benefícios da inovação social.

 

“A gente tem como essência a inquietude; é um valor para nós. Temos a excelência na execução e colocamos a inquietude como pilar cultural — todo mundo tem que questionar — e essa cultura fomenta a inovação”, explicou a diretora-executiva. A essência por trás desta narrativa é que, ao questionar algo, se começa a enxergar quais soluções ainda não existem para um tipo de problema. “E nós, como líder, temos a missão de dar espaço na escuta”, salientou De Masi.

 

Na mesma linha, Suellen Rodrigues, diretora-regional de geração de dados de vida real e sistemas de saúde Latam na MSD, apontou que a inovação faz parte de uma jornada e que, como biofarmacêutica, a MSD atua em área bastante regulada e engessada. “É pensar fora da caixa e também não invalidar o seu percurso, sua experiência”, assinalou a executiva que tem 16 anos na empresa.

 

Outro conceito abordado pelas palestrantes é separar inovação de criatividade. “Durante muito tempo, as pessoas pensaram que inovação era qualificação para pessoas criativas, mas acho que é uma maneira de resolver algo de maneira simples para os clientes, como a gente tira a fricção e as dores dos clientes”, resumiu Duda Davidovic, líder de inovação de produtos e design do Cartão Elo.

 

“De forma geral, a inovação é uma resposta a uma dor e, se tem dor, é porque algo falta ou pode melhorar”, resumiu Camila Hammes, gerente de projetos da Litro de Luz Brasil, ONG que tem como objetivo levar luz a comunidades que não tem energia elétrica. “Tudo começou com uma garrafa pet com água e alvejante no telhado em 2001, na crise dos apagões. Ao longo do tempo, a solução foi aprimorada e, hoje usamos placa fotovoltaica, bateria e circuito — que não depende de rede e se autossustenta”, contou Hammes.

 

Processo e perguntas

Inovar deve ser parte de um processo que começa com questionamentos sobre o status quo. “O valor das perguntas para mim é muito maior que as respostas. Tem de deixar o ego de lado, porque tendemos a achar que sabemos de tudo, e se colocar no lugar de vulnerabilidade”, disse Duda Davidovic, para quem os líderes precisam praticar a “ambidestria organizacional”. Isso é ter equilíbrio de olhar para o hoje e para o futuro.

 

A isso, Suellen Rodrigues acrescentou que o óbvio precisa ser dito, precisa ser perguntado e pode ser proposto. “Muitas vezes, é necessário resolver questões simples do dia a dia”, assinalou. “O que precisamos no ponto da inovação não é só o que modifica, mas o que nos destrava algo. É o propósito reativado”, completou.

 

Dentro do processo de inovar, o grande desafio é ser resiliente. “Inovar é um processo. E, muitas vezes, a inovação não é o que, mas o como”, disse Guilhermina Abreu, cofundadora e CEO do Embaixadores da Educação.

 

A importância da diversidade

Dentro do processo de inovação, quanto mais diversa uma empresa é, mais ela tende a incorporar diferentes perspectivas, o que deixa o ambiente mais rico e atende melhor aos consumidores. “A diversidade muda tudo realmente; é o confronto de pontos de vista, trajetórias, vivências etc.”, apontou De Masi, do Grupo Boticário. Para tanto, Suellen Rodrigues, da MSD, ressaltou que é necessário exercitar empatia e entender a vivência e as necessidades do outro.

 

Estratégica para os negócios, a diversidade expande horizontes. “Não precisamos criar para a Faria Lima, mas para o Brasil. Estamos agora no projeto do Real Digital e uma das coisas que estamos criando é pagamento offline, porque muita gente não tem internet”, exemplificou Duda Davidovic, do Cartão Elo.

 

Filha de pai e mãe surdos, Guilhermina Abreu, do Embaixadores da Educação, queria transformar o ambiente da escola pública a desenvolver habilidades nos alunos. “A gente não sonha com o que a gente não vê; o exemplo arrasta. Hoje, nosso grande lema é tornar a exceção a regra. Parar de celebrar a exceção — e vemos isso na olimpíada — temos de fazer da exceção regra e, para isso, precisamos de escala”, destacou Abreu.

 

Como pontuou Abreu, as pessoas precisam ter em quem se inspirar e por isso a diversidade é tão importante. “Independentemente do meio, sempre vai ter vivência diferente: se é homem ou mulher ou mesmo entre mulheres europeias e estadunidenses, a vivência é diferente. Se você se compara com alguém diferente, em algum momento, vai se frustrar”, pontuou Camila Hammes, da Litro de Luz Brasil.

 

Fator mulher

Em um evento com foco nas mulheres, as palestrantes deram suas perspectivas enquanto líderes mulheres. No Grupo Boticário, por exemplo, Marcela de Masi contou que a licença paternidade é obrigatória justamente porque os homens precisam saber como é voltar a trabalhar, um medo que muitas mulheres vivenciam.

 

Outro exemplo veio da Duda Davidovic: “dentro do ser questionador, um lugar que a mulher ocupa é que, quando questiona muito, a colocam como reclamona”. Ela destacou ainda que as mulheres precisam não se omitir no ambiente corporativo e não permitir que outras pessoas tomem para si o que elas falaram.

 

“Eu entrava em uma reunião e não falava, até que me disseram que, se eu fui chamada para uma reunião, é porque as pessoas querem me ouvir, então, tenho obrigação de falar”, acrescentou de Masi. “Criem ambientes de confiança em que as pessoas não tenham medo de serem julgadas. Verbalizem que querem ouvir ideias e mostrem que estão dispostas a ouvir”, completou a executiva do Grupo Boticário.

 

E, ainda que conquistem cargos de liderança, as mulheres seguem tendo mais tarefas domésticas que homens, conforme destacou Andressa Freires, fundadora da diversiData, que tem foco em letramento digital. “Mulheres ainda não têm equalização de tarefas dentro de casa. Sem rede de apoio, onde vamos chegar? Eu teria desistido da minha carreira de tecnologia há muito tempo, se não fosse uma rede de apoio”, contou.

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