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Neutralidade de rede viabiliza criação e a reinvenção de empresas

18 de novembro de 2024

por Fábio Barros*

Neutralidade de rede viabiliza criação e a reinvenção de empresas
A implementação de uma taxa de acesso à rede no Brasil teria impacto em modelos de negócio já consolidados, advertem representantes de empresas como Globo, Quinto Andar, Mercado Livre e CazéTV, além da Abranet.Os especialistas participaram do Internet Summit: Conectividade e Inclusão para o Futuro Digital, realizado na semana passada, em Brasília. Mediado pela head de políticas públicas da ABStartups, Barbara Furiati, o painel contou com empresas cujos negócios passam hoje pela internet e que seriam tremendamente impactadas pela taxação. O diretor de relações institucionais do grupo Globo e conselheiro da Abert, Marcelo Bechara, lembra que a neutralidade parte de um princípio de isonomia concorrencial e que uma eventual mudança neste princípio ameaça a concorrência e o desenvolvimento do mercado. “A internet é formada por camadas que começam com os elementos de rede, passam pelas redes e chegam às aplicações e usuários. Imagina dar a detentora da infraestrutura o privilégio de cobrar sobre o tráfego de um serviço adicionado? Hoje a neutralidade é um princípio essencial para manter a isonomia concorrencial”, diz. Para a presidente da Abranet e diretora institucional e de regulação do grupo UOL PagBank, Carol Conway, sem neutralidade, a rede não tem sentido do ponto de vista do consumidor. “Do ponto de vista concorrencial, é fundamental a não discriminação de conteúdo. Vivemos na Abranet uma época em que as operadoras conseguem competir com base na neutralidade e isso deve se manter”, acredita. A diretora jurídica do grupo Quinto Andar, Fernanda Pascale, afirma que taxação beneficiaria algumas poucas empresas e, de outro lado, prejudicaria consumidores que hoje tem fácil acesso a serviços digitais. “Nosso negócio não se ergueria em um cenário em que essa taxa existisse”, diz. O mesmo aconteceria com o Mercado Livre, segundo a gerente de relações governamentais da empresa, Antônia Patriota. “A neutralidade nos permitiu chegar aonde chegamos e continuamos crescendo porque ela continua existindo e continuamos fomentando novos negócios, empresas e tecnologia”, afirma, lembrando que a base da companhia hoje tem 90% de pequenas empresas. Indo além, Antônia defende que a neutralidade está no core do negócio da empresa e que depende dela para continuar oferecendo ferramentas importantes. “Hoje conseguimos garantir que qualquer pessoa com uma conexão mínima acesse nossos serviços. Um aumento do custo, que certamente seria repassado, excluiria muitos participantes desse mundo digital”, prevê. Quem também deve grande parte de seu sucesso à neutralidade da rede é a CazéTV. O chief legal officer (CLO) da LiveMode, Marcos Borges, lembra que qualquer dificuldade ou obstáculo ao acesso não permitira que a iniciativa tivesse o sucesso que tem hoje. “Isso de deve à inclusão digital e ao êxito do Marco Legal e do ecossistema que atende um país continental como o Brasil”, acredita. Por tudo isso, Bechara defende que a alma do Marco Civil da internet é a proteção ao consumidor e que esta lógica seria quebrada com a taxa, já que este mesmo consumidor seria o maior penalizado. “Não existe almoço grátis, o custo será repassado e vamos penalizar o usuário. O que vai acontecer na prática é que vamos afastar a inovação daqui”, diz. Carol concorda, lembrando que a taxação seria o equivalente a retirar a estrada, o ar que as empresas respiram. Mais que isso, seria um obstáculo enorme ao surgimento de novas startups. Fernanda lembra que muitas das interações realizadas hoje entre o Quinto Andar e seu público – inquilinos e proprietários – são baseadas na neutralidade. Ela cita o exemplo de quem usa a calculadora para estimar o preço de um imóvel. “Essa conta exige muitos dados e imaginar isso acontecendo sem a neutralidade seria inviável. Isso iria impactar o custo e a expectativa de experiencia dos usuários”, diz. Não só a experiência, mas, segundo Antônia, do Mercado Livre, os próprios usuários. Ela acredita que o fim da neutralidade poderia reduzir o número de usuários e, como consequência, acabar com os investimentos em novas soluções, já que não haveria base para utilizá-las. “Como o acesso não é um problema hoje, podemos nos concentrar em melhorar a qualidade dos serviços. Alem disso, qualquer taxa encarecendo o serviço seria uma barreira a entrada e crescimento de empresas”, afirma. Borges concorda e afirma que criar barreiras para acessar conteúdo não faz sentido nenhum, principalmente em um país como o Brasil, onde a neutralidade de rede é uma conquista.  

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    13 de setembro de 2023 | Redação da Abranet

    O Banco Central (BC) informou que, em 50 dias de projeto piloto, 500 transações foram bem sucedidas no Drex, a moeda digital brasileira, e 11 instituições operam na rede. Segundo a autoridade monetária, os participantes do programa começaram a ser incorporados à plataforma no fim de julho. De lá para cá, vários tipos de operações têm sido simuladas, tanto no atacado quanto no varejo, disse o BC. De acordo com a autarquia, a primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma Drex para fins de simulação foi realizada nessa segunda-feira (11). Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados, afirmou. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes. Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso. A primeira fase do piloto deve ser encerrada no meio de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte. A cada semana, um tipo novo de operação é realizado pelas instituições participantes. Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex, ressaltou o BC.

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    04 de setembro de 2024 | Da Redação Abranet

    O Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central publicou nesta quarta, 4/9, uma nova instrução normativa que trata de diferentes aspectos da adesão ao Pix, além de prever a oferta de produtos e serviços adicionais ou facultativos. A norma trata de como os interessados, tenham já ou não autorização do BC para operar, devem fazer para aderirem ao sistema de pagamento instantâneo, as diversas etapas do processo e exigências para a formalização, como o projeto de experiencia do usuário, uso de QR Codes, etc. A autoridade monetária também trata de como instituições autorizadas a funcionar podem oferecer serviços adicionais, se habilitar ao Diretório de Identificadores de Contas Transacionais – DICT, ou serviços de iniciação de pagamentos, saque, por exemplo. Prevê, ainda, que uma instituição já participante do Pix, ou em processo de adesão, poderá apresentar, a qualquer tempo, pedido para ofertar ou consumir funcionalidades, de natureza facultativa, relacionadas ao Pix Automático. Além disso, a IN 511 traz um cronograma relacionado aos testes do Pix Automático: I – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix antes de 28 de abril de 2025, inclusive instituições participantes em operação, devem realizar com sucesso os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025; II – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025 devem realizar com sucesso os testes no prazo de oito semanas contadas a partir da conclusão com sucesso da etapa homologatória pertinente; III – instituições que não concluírem a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix até 6 de junho de 2025 devem concluir os testes do Pix Automático dentro do prazo determinado para a conclusão com sucesso dessa etapa; e IV – instituições participantes em operação que ofertem conta apenas a usuários pessoa jurídica e optem por não ofertar pagamentos via Pix Automático devem encaminhar formulário cadastral indicando dispensa da oferta de Pix Automático até 4 de abril de 2025. Instituições participantes do Pix que estejam obrigadas a ofertar serviços do Pix Automático ou que, de forma facultativa, enviem até 4 de abril de 2025 formulário de atualização cadastral indicando a intenção de oferta de serviços do Pix Automático, devem cumprir os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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