Fornecimento de dados biométricos é o que mais preocupa brasileiros

02 de setembro de 2024

por Redação da Abranet

Fornecimento de dados biométricos é o que mais preocupa brasileiros
A 2ª edição da pesquisa “Privacidade e proteção de dados pessoais: perspectivas de indivíduos, empresas e organizações públicas no Brasil” apontou que os brasileiros se preocupam com o fornecimento de seus dados biométricos em maiores proporções do que com outros tipos de dados pessoais sensíveis, tais como orientação sexual e cor ou raça.  Lançada nesta segunda-feira (2/9) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a pesquisa apontou que 32% dos usuários de Internet com 16 anos ou mais no país relataram ficar “muito preocupados” e outros 28% “preocupados” em fornecer dados biométricos  — um montante que somado chega a 60%. Entre os usuários que mencionaram essa preocupação, a percepção de risco está associada com maior frequência à impressão digital e ao reconhecimento facial, cuja soma da porcentagem de indivíduos “preocupados” e “muito preocupados” alcançou 86% e 82%, respectivamente. O estudo também mostrou que as organizações para as quais os usuários mais ficam apreensivos em fornecer dados biométricos são: instituições financeiras (37% “muito preocupados” e 36% “preocupados”), órgãos de governo (35% e 38%) e transporte público (34% e 37%). Além disso, em 2023, 58% dos usuários de Internet com 16 anos ou mais sempre (26%) ou quase sempre (32%) concordam com as políticas de privacidade sem ler o que elas dizem. E um quarto dos usuários de Internet (24%) procuraram algum canal de atendimento para fazer solicitações, reclamações ou denúncias relacionadas aos seus dados pessoais — a proporção foi maior entre os homens (27%) na comparação com as mulheres (22%) e entre os com Ensino Superior (29%) em relação aos com menor escolaridade (23% até Ensino Fundamental, 22% até Ensino Médio). Entre aqueles que recorreram a esse tipo de atendimento, 77% acessaram diretamente a empresa controladora ou o órgão público controlador, enquanto 69% optaram por sites de reclamação direcionados a consumidores, 51% buscaram órgãos de defesa do consumidor e 35%, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Comprar por sites ou aplicativos é a atividade online que mais causa apreensão por conta do fornecimento de dados: 29% afirmaram ficar “muito preocupados” e 27%, “preocupados”. Acessar páginas e apps de bancos apareceu na sequência, com 25% “muito preocupados” e 24% “preocupados”.  

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