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Net Mundial: Por uma internet aberta, inclusiva, livre e com governança

29 de abril de 2024

por Roberta Prescott

Net Mundial: Por uma internet aberta, inclusiva, livre e com governança
Uma década depois do evento onde foi sancionado o Marco Civil da Internet, o NetMundial+10 voltou a reunir 423 participantes, oriundos de 60 países e representando diversos setores para debater os desafios globais da governança do mundo digital e como aperfeiçoar os processos de governança em um contexto de digitalização acelerada e ascensão de novas tecnologias. Mais uma vez, nesta segunda-feira, 29/04, o evento serviu para marcar a relevância de contar com uma governança da internet multissetorial. O Brasil implementou a governança da internet a partir da perspectiva do princípio da multissetorialidade e o Marco Civil da Internet protagonizou importante papel na medida em que equiparou direito e deveres dos cidadãos nos ambientes offline e online, conforme pontuou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Luciana Santos. “Nós precisamos que esse debate digital, que hoje é dominado por poucas empresas transnacionais, possam garantir  outro tipo de arranjo que não esse arranjo monopolista com dominação social, econômica e política”, apontou a ministra, que foi a última a falar na abertura do NetMundial+10 (leia matéria completa aqui). O evento — bem menor que o realizado há dez anos — quer apontar os rumos da governança da internet. Moderador do painel de abertura, Hartmut Glaser, secretário-executivo do CGI.br, ponderou que é preciso entender os impactos das novas  tecnologias. “Há tempo para amadurecer, plantar e colher. Quando o propósito é alcançar consenso, o processo é lento”, enfatizou, fazendo um contraste entre a alta velocidade na qual avançam as novas tecnologias e aplicações com o mundo da governança. “O CGI surgiu como governança multissetorial e persistimos nisso — cada decisão vem no seu devido tempo. Acreditamos na força dos princípios, de consensos, no multissetorialismo, com os setores participando em iguais condições e possibilidades”, disse.   Na mesma linha, Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br, assinalou os 35 anos que o .br completa em 2024 e lembrou que o CGI foi criado em 1995 já com a característica de ser multissetorial — sendo a Icann estabelecida dois anos mais tarde, em 1997, também multissetorial. “O conceito está imbuído desde o começo. Depois tivemos o Decálogo, em 2009, que gerou o Marco Civil da Internet, que foi bem-recebido e que estabelecia direitos na internet. Sou fã integral do Decálogo e do Marco Civil, que vêm no bojo de direitos e princípios”, acrescentou.  Falando sobre o NetMundial, Getschko apontou que a diferença para outros eventos é que ele gera documentos de princípios e um mapa do caminho. “Temos pela frente um front importante de defesa e implementação dos princípios, porque todos queremos que internet siga aberta, inclusiva e livre, como sempre foi. e que a governança da internet siga multissetorial”, disse, esclarecendo que os riscos existentes hoje são de fragmentação, mas que, para tanto, é importante distinguir o que é o substrato do que cresceu sobre o substrato para manter o substrato único e uniforme.   Para endereçar novos desafiosTrata-se de construir processos democráticos na busca de soluções de problemas e propostas para internet e para as tecnologias digitais que a internet suporta hoje para que uso e desenvolvimento sejam realizados em benefícios da sociedade, de forma responsável, ética, segura e confiável, salientou Renata Mielli, presidente (chair) do NETmundial+10 e coordenadora do CGI.br. “Os princípios devem nortear a governança da internet e também contribuir para as tomadas de decisão no âmbito de países. Nenhum setor sozinho é capaz de construir mundo digital - mas juntos tenho certeza de que conseguiremos”, disse. A consulta pública para o documento final recebeu 154 contribuições em duas semanas.  Presidente da edição de 2014 do NetMundial, Virgilio Almeida acrescentou que as tecnologias digitais são ubíquas e estão em constante evolução. “Regular e governar o avanço digital exigirá estabelecimento de novas leis e políticas para uso das novas tecnologias”, apontou. Falando sobre a edição da década passada, Almeida destacou que, dez anos atrás, as discussões  sobre princípios de governança da internet foram pioneiras e o NetMundial introduziu o processo multissetorial de discussões. “Os princípios estabelecidos em 2014 permanecem pertinentes e aplicados ao cenário atual, onde os mundos digital e físico estão entrelaçados. É preciso pensar no ecossistema global capaz de lidar com questões éticas, sociais e morais trazidas pelas novas tecnologias como IA”, afirmou, defendendo um equilíbrio entre regulamentação, política pró-inovação e engajamento democrático.  A presidente da Associação Brasileira de Internet, (Abranet) Carol Conway, chamou a atenção da plateia para a importância da governança da internet, da conectividade significativa e da transformação da internet. “A internet não morreu, ela evoluiu e agora está se transformando novamente. As novas tecnologias são incríveis e são fruto de tudo que nos fez chegar aqui. É nossa responsabilidade preservá-la. Nesse novo decenio, o desafio é ainda maior: precisamos ampliar as contribuições sobre o que queremos da internet e da IA”, apontou - leia matéria completa aqui.  Conway também destacou a desigualdade no acesso à internet. “Gostaria de poder dizer que todos nós aqui no Brasil vivemos sobre a internet, mas infelizmente esta ainda não é a nossa realidade. Somente 22% da população tem acesso à conectividade significativa”, disse a presidente da Abranet. Na mesma linha, Camila Leite, representando a Coalizão Direitos na Rede, destacou que a com a internet e as plataformas, cada vez mais, concentradas, sem a internet significava, as pessoas acabam sendo diretamente ou indiretamente excluídas. “Precisamos de processos e de uma internet inclusiva para avançar”, apontou, destacando a necessidade de haver simetria de poder, multissetorialismo como processo e em todos os espaços, transparência e diversidade.  Sem a pluralidade, há um risco do aumento da exclusão, das lacunas digitais, de concentrações elevadas de mercados digitais nas mãos de poucos países e empresas. E mais: a economia de dados traz consigo o potencial de preconizar trabalhadores, sendo preciso dar uma remuneração justa a jornalistas e artistas. Os apontamentos de Luciano Mazza, membro do Comitê Executivo de Alto Nível (HLEC) do NETmundial+10 e representante do Ministério das Relações Exteriores, complementaram as falas por um cenário que, segundo ele, clama por mais cooperação internacional, multinacionalismo, multissetorialismo e governança da internet. “Todos os atores têm de estar comprometidos com o multissetorialismo. Este NetMundial+10 lança luz sobre estas questões e também aos desafios que se abrem e fortalecer a governança digital”, reforçou.  Pela multissetorialidade  A defesa do modelo multissetorial veio também de representantes estrangeiros. Irina Soeffky, do Ministério Federal da Digital e dos Transportes da Alemanha, afirmou que seu país sempre suportou o modelo multissetorial, inclusive agora que discute uma estratégia para política digital multissetorial. “É óbvio que muitas coisas discutidas há dez anos seguem atual, mas a questão que vamos discutir aqui é que não falaremos apenas de princípios, mas vamos debater como isso vai ser colocado em prática”, Soeffky assinalou.  Por parte da Icann, Rodrigo de la Parra, que também é membro do Comitê Executivo de Alto Nível (HLEC) do NETmundial+10, disse que a entidade está orgulhosa de ser parte da comunidade técnica e ressaltou a transparência, a responsabilidade na prestação de contas (accountability) e o reconhecimento global com relação à internet. “Ser multissetorial é requerido para a governança global da internet e vamos mostrar ao mundo que este modelo funciona”, defendeu La Parra.  Pelos Estados Unidos, Susan Chalmers, especialista em políticas da internet no Escritório de Assuntos Internacionais da NTIA, também ressaltou que é crucial para a internet ser multissetorial. “Os EUA participaram em 2014 e voltamos para discutir aqui, porque é onde as discussões principais estão tomando lugar. Em nossa visão, NetMundial contribui significantemente para a discussão da governança da internet. Um documento com governança multissetorial e uma arquitetura descentralizada é o que vai garantir a interoperabilidade da internet, proteger a estabilidade, segurança e resiliência”, disse.  Ao encerrar sua fala Susan Chalmers, concluiu que o mundo passa por um momento de transformação com a tecnologia remodelando as formas de viver. “Os EUA estão comprometidos a trabalhar com multistakeholders, facilitando o acesso e a proteção aos direitos humanos”, finalizou.  Representando a Unesco, Tawfik Jelassi lembrou que os princípios serviram de guia para o poder transformador da internet, mas, na última década, o cenário seguiu evoluindo e é preciso proteger os direitos humanos. “A Unesco, em 2021, fez as primeiras recomendações para IA. As plataformas digitais se tornaram lugar para ódio, violência, desinformação e temos de fazer algo para combater isso. Este evento vem em momento importante com a Unesco conduzindo debates globais.”  Documento - No período da tarde, mais de 60 representantes dos diferentes setores ofereceram contribuições para a redação do documento que será divulgado no final do evento com recomendações concretas para o futuro do ecossistema de governança, e que representa importante referência para a comunidade global. Entre elas, a necessidade de alinhamento sobre as terminologias digital, Internet, governança da Internet e governança digital; e a importância do multissetorialismo no pacto digital global para que haja a compreensão, conscientização e responsabilidade de todos os atores envolvidos.  Uma versão preliminar da declaração já está disponível no site - aqui. 

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    13 de setembro de 2023 | Redação da Abranet

    O Banco Central (BC) informou que, em 50 dias de projeto piloto, 500 transações foram bem sucedidas no Drex, a moeda digital brasileira, e 11 instituições operam na rede. Segundo a autoridade monetária, os participantes do programa começaram a ser incorporados à plataforma no fim de julho. De lá para cá, vários tipos de operações têm sido simuladas, tanto no atacado quanto no varejo, disse o BC. De acordo com a autarquia, a primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma Drex para fins de simulação foi realizada nessa segunda-feira (11). Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados, afirmou. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes. Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso. A primeira fase do piloto deve ser encerrada no meio de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte. A cada semana, um tipo novo de operação é realizado pelas instituições participantes. Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex, ressaltou o BC.

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    04 de setembro de 2024 | Da Redação Abranet

    O Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central publicou nesta quarta, 4/9, uma nova instrução normativa que trata de diferentes aspectos da adesão ao Pix, além de prever a oferta de produtos e serviços adicionais ou facultativos. A norma trata de como os interessados, tenham já ou não autorização do BC para operar, devem fazer para aderirem ao sistema de pagamento instantâneo, as diversas etapas do processo e exigências para a formalização, como o projeto de experiencia do usuário, uso de QR Codes, etc. A autoridade monetária também trata de como instituições autorizadas a funcionar podem oferecer serviços adicionais, se habilitar ao Diretório de Identificadores de Contas Transacionais – DICT, ou serviços de iniciação de pagamentos, saque, por exemplo. Prevê, ainda, que uma instituição já participante do Pix, ou em processo de adesão, poderá apresentar, a qualquer tempo, pedido para ofertar ou consumir funcionalidades, de natureza facultativa, relacionadas ao Pix Automático. Além disso, a IN 511 traz um cronograma relacionado aos testes do Pix Automático: I – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix antes de 28 de abril de 2025, inclusive instituições participantes em operação, devem realizar com sucesso os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025; II – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025 devem realizar com sucesso os testes no prazo de oito semanas contadas a partir da conclusão com sucesso da etapa homologatória pertinente; III – instituições que não concluírem a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix até 6 de junho de 2025 devem concluir os testes do Pix Automático dentro do prazo determinado para a conclusão com sucesso dessa etapa; e IV – instituições participantes em operação que ofertem conta apenas a usuários pessoa jurídica e optem por não ofertar pagamentos via Pix Automático devem encaminhar formulário cadastral indicando dispensa da oferta de Pix Automático até 4 de abril de 2025. Instituições participantes do Pix que estejam obrigadas a ofertar serviços do Pix Automático ou que, de forma facultativa, enviem até 4 de abril de 2025 formulário de atualização cadastral indicando a intenção de oferta de serviços do Pix Automático, devem cumprir os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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