O Mobile World Congress 2024 foi, como sempre o é, um evento voltado para os desejos e anseios das operadoras móveis, até porque ele é organizado pela entidade global delas, a GSMA, mas como hoje há a convergência, Internet e Tecnologia permearam todos os debates da edição, que reuniu mais de 100 mil pessoas em Barcelona, de 26 a 29 de fevereiro. Ao site da Abranet, o diretor da entidade, Eduardo Neger, revelou as suas impressões sobre o evento. O primeiro tema de discussão foi, claro, o desejo central das teles de ficarem com a maior fatia do espectro de 6GHz - 700 Mhz - para a oferta do 5G e do 5,5G, 5G Advanced. A Abranet defende o 6GH integralmente - 1200 Mhz da faixa - para o uso não licenciado e para uso outdoor. Neger também falou sobre o fair share, que é a cobrança de uso da rede às big techs, desejo das teles para compensar seus investimentos em infraestrutura. O tom da cobrança até amenizou, uma vez que as teles falaram em uso responsável da rede, mas Neger lembra que se a infraestrutura não dá rentabilidade desejada, é um problema das teles. Toda a criatividade e investimentos em aplicação dão sentido às redes das teles. A rentabilidade é um problema que as teles precisam resolver. O diretor da Abranet fez uma observação curiosa: apesar de criticar as big techs, as teles móveis estão investindo pesado em startups. Tenho a convicção que as teles querem ser big techs dentro das suas próprias operações. Assistam ao vídeo que dá abertura à essa cobertura especial do MWC 2024.