Para além de lançamentos, o MWC debate papel das teles

29 de fevereiro de 2024

por Redação da Abranet

A comunidade das telecomunicações — e agora mais que nunca de todo o universo móvel — se reuniu em Barcelona para mais uma edição do Mobile World Congress que lota o centro de convenções Fira de Barcelona Gran Via. Para além de lançamentos, o MWC debateu o papel das prestadoras de serviços de telecomunicações. O embate com as big techs foi tema na abertura do evento com o CEO da Telefónica e presidente da GSMA, José María Pallete, destacando a cobrança pelo uso responsável pelos recursos compartilhados, mas em um tom bem mais ameno que o adotado em 2023. A palavra colaboração foi adotada como um mantra. Teles, big techs, agregadores, desenvolvedores de software e todos os participantes da indústria têm de estar juntos para criar o futuro digital, conclamou , em um auditório lotado por representantes da indústria de Telecom. É hora de uma parceria global e de uma governação justa para proporcionar uma cadeia de valor sustentável e benéfica; é hora de uma utilização responsável dos recursos partilhados; é hora de um novo cenário regulatório, adicionou. Em Barcelona, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, anunciou que pretende apresentar até junho um projeto de lei com a proposta de taxação de grandes plataformas de internet para financiar ações de inclusão digital no Brasil. E, em conversa com a Teletime durante o MWC 2024, José Félix, presidente da Claro, afirmou querer negociar em condições de igualdade com as big techs, apontando que, atualmente, está em uma situação de desvantagem.  Já o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, afirmou, em debate para reguladores, que entende a neutralidade de rede como um privilégio para algumas empresas, que ficam blindadas, porque as discussões comerciais são proibidas. Baigorri disse que vê um falso dilema na discussão sobre neutralidade de rede, Marco Civil da Internet e fair share; e ressaltou que se trata de um dilema entre boa e má regulação.  Alguns anúncios  A Huawei aproveitou o MWC e realizou encontro “5G Além do Crescimento”, no qual Li Peng, vice-presidente corporativo sênior e presidente de vendas e serviços de TIC, debateu como as operadoras podem alcançar êxito com redes 5G e de que forma o 5.5G irá ampliar ainda mais o potencial de criar novas receitas e oportunidades.  Li Peng destacou que o 5G está no caminho certo para o sucesso dos negócios das operadoras e comparou o avanço do 5G — alcançando, nos últimos cinco anos, 1,5 bilhão de usuários no mundo inteiro — com 4G, que demorou nove anos para atingir esse resultado.  O executivo explicou também que o 5,5G inicia a utilização comercial em 2024 e, em conjunto com a inteligência artificial (IA) e a computação em nuvem, deve oferecer às operadoras novos produtos e serviços. Ele afirmou que as operadoras devem focar em redes de alta qualidade, na monetização multidimensional, nos serviços emergentes e na IA generativa para aproveitar essas oportunidades de negócios. A HPE chamou a atenção pela convergência de tecnologias, com a modernização de redes e a inteligência artificial abrindo portas para a inovação. A companhia ressaltou que os operadores da telecomunicação ainda seguem na busca pela tecnologia mais recente para reduzir os custos de operação das redes e estão em busca de novas fontes de receita para rentabilizar seus investimentos em 5G.  A HPE também  anunciou a aquisição da Athonet como forma de complementar seu portfólio de 5G privado e Wi-Fi.   A MediaTek anunciou a adição ao seu portfólio 5G RedCap da plataforma MediaTek T300 para wearables e aplicações de IoT (Internet das Coisas). 

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