Volume de criptomoedas transacionado para lavagem de dinheiro cai 30%

20 de fevereiro de 2024

por Redação da Abranet

Volume de criptomoedas transacionado para lavagem de dinheiro cai 30%
Dados do Crypto Crime Report 2024, novo estudo da Chainanlysis, revelou uma redução de 30% no volume de criptomoedas transacionado para lavagem de dinheiro, no comparativo entre 2023 e 2022. Foram lavados por criminosos US$ 22,2 bilhões em criptomoedas em 2023, ante o recorde histórico de US$ 31,5 bilhões de 2022.  Segundo os pesquisadores da Chainanlysis, que rastream os fundos por meio das blockchains, as exchanges centralizadas continuam a ser o principal meio de off-ramping (conversão de criptomoedas em moedas fiduciárias tradicionais), sendo destino de 62% de todos os fundos que saem de carteiras ilícitas. Em nota,  Kim Grauer, diretora de pesquisa da Chainalysis, disse que a boa notícia é que as exchanges centralizadas permitem congelar e apreender ativos associados a atividades ilícitas. Segundo ela, graças ao aumento dos investimentos em compliance, incluindo a implementação de medidas rigorosas de KYC (Know your client, ou conheça o seu cliente) e AML (Anti Money Laundering, ou anti-lavagem de dinheiro), as exchanges e as agências de aplicação da lei podem impedir que criminosos  saquem seus ganhos. No Brasil, o decreto 11.563, que regulamenta o Marco Legal das Criptomoedas (14.478/2022), dispõe de mecanismos, dispositivos e punições no combate à prática de crimes com criptoativos, incluindo lavagem de dinheiro e pirâmides financeiras. A Chainanlysis explicou que a lavagem de fundos de criptomoedas, geralmente, é concentrada em um número relativamente limitado de exchanges. Em 2023, 72% dos fundos ilícitos lavados foram para apenas cinco serviços de off-ramping, contra 69% no ano anterior. Uma tática que vem sendo utilizada por criminosos para ofuscar sua atividade é a difusão de fundos por meio de vários endereços de depósito (semelhantes a contas bancárias em sistemas financeiros tradicionais). Em 2023, 1.425 endereços receberam mais de US$ 1 milhão em criptomoedas de forma ilícita, totalizando US$ 6,7 bilhões até dezembro, o que representa 46% de todo o valor ilícito recebido pelas exchanges no ano.

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