Varejistas que não integrarem Inteligência Artificial vão ficar para trás

15 de janeiro de 2024

por Roberta Prescott

Varejistas que não integrarem Inteligência Artificial vão ficar para trás
Dezenas de milhares de varejistas de todos os tipos se reúnem, esta semana, nos Estados Unidos para o NRF 2024: Retails Big Show (A Grande Feira do Varejo). São cerca de mil expositores, com hubs de inovação apresentando tecnologias inovadoras no mercado, de startups mostrando empresas mais novas e promissoras e uma zona de inovação em serviços de alimentação ampliada com ativações imersivas. De acordo com Susan Reda, vice-presidente de estratégia educacional da NRF, embora a inteligência artificial seja a tendência atual no varejo, o metaverso não foi a lugar nenhum. Ela disse não acreditar que o hype vai voltar, mas não acha que o metaverso esteja morto — justificando que a geração Alpha (os nascidos após 2010) vivem no Roblox e estão aprendendo sobre o mundo no Roblox.  Inclusive, o maior varejista do mundo, o Walmart, tem duas novas experiências de varejo imersivas no Roblox voltadas para a geração Alpha. O Walmart está experimentando tecnologia que permite aos compradores conectar experiências de compras físicas e virtuais no metaverso — por exemplo, podendo comprar alguns dos mesmos itens para as casas reais e as casas virtuais no House Flip, um jogo para celular que permite aos jogadores renovar e vender casas virtuais. A mesma tecnologia é aplicada às roupas virtuais; os usuários podem comprar roupas virtuais da marca de moda Scoop do Walmart no Zepeto, um mundo virtual móvel que permite aos jogadores criar e personalizar seus avatares. TendênciasSusan Reda, da NRF, listou, em um artigo para o blog da NRF, as previsões do setor de varejo para 2024, com destaque para a influência da inteligência artificial, que continua a crescer, os consumidores exigindo ações sustentáveis ​​e a experiência do cliente continuando mais importante do que nunca.  Para Reda, a IA está eliminando as restrições que as empresas já tiveram e tornando realidade uma tomada de decisões mais rápida e precisa. “As empresas que não integram a inteligência artificial nas suas estratégias e operações comerciais correm o risco de serem deixadas para trás pelos seus concorrentes e por novos participantes no mercado”, escreveu a executiva em um artigo para o site da NRF.  Isso porque, ao usar IA, os varejistas podem analisar rapidamente quantidades enormes e díspares de dados em tempo real, permitindo uma tomada de decisão mais rápida, uma redução nos erros humanos, uma maior eficiência e a automatização de tarefas rotineiras e monótonas. E os varejistas físicos podem usar IA para analisar os dados coletados pelas câmeras das lojas e fazer as alterações apropriadas no tamanho e no layout da loja. Entre os executivos da cadeia de abastecimento, a IA está a remodelar a gestão de inventário e o planeamento da procura. Ao mesmo tempo em que ressalta os benefícios da adoção de IA, a executiva lembra seus riscos, com a preocupação mais crítica sendo o potencial para questões éticas e de privacidade. “É imperativo que os varejistas sejam proativos na sua governação interna da IA ​​e garantam que utilizam estas tecnologias de forma a apoiar os seus valores fundamentais, declarações de missão e objetivos empresariais”, escreveu, completando que as empresas precisam de ser transparentes sobre a forma como utilizam a inteligência artificial para terem a certeza de que são estabelecidas salvaguardas e para evitar discriminações ilegais.   Hiperpersonalização — O futuro é hiperpersonalizado, destacou a VP, apontando que esta tendência ronda o varejo já faz algum tempo, mas que o desafio para 2024 é oferecer hiperpersonalização respeitando a privacidade do cliente, protegendo os dados e servindo exatamente o que eles tinham em mente — em tempo real. “Embora a hiperpersonalização não seja uma ideia nova para negócios de comércio eletrónico, o advento de grandes modelos de linguagem poderia aumentar ainda mais a sua importância. Os LLM são pré-treinados em grandes quantidades de dados e provaram ser valiosos no fornecimento de feedback com base em um número relativamente pequeno de informações. A capacidade de usar a personalização baseada em IA em todas as plataformas, incluindo mídias sociais, para fornecer conteúdo mais relevante é o padrão ouro”, destacou a executiva.  CES, em Las Vegas, tem muita IA integrada a produtos e inovações para facilitar o dia a dia

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