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Pix é seguro, mas influenciou golpes digitais e turbinou o cibercrime, diz especialista

04 de dezembro de 2023

por Roberta Prescott

Pix é seguro, mas influenciou golpes digitais e turbinou o cibercrime, diz especialista
O Pix trouxe muitos benefícios para a sociedade, mas também influenciou golpes digitais e turbinou o cibercrime, ressaltou Anchises Moraes, líder de inteligência de ameaças cibernéticas da Apura Cybersecurity Intelligence, ao palestrar no encontro do GTS 38, que abriu, nessa segunda-feira (04/12), a 13ª Semana de Infraestrutura da Internet no Brasil. Ele detalhou que, até o momento, foram seis ondas de ataques relacionadas ao Pix desde o seu lançamento em outubro de 2020, quando teve uma adoção extremamente rápida, aumentou o uso de aplicativos bancários e reduziu drasticamente o tempo de transação. Apesar dos aspectos negativos, Anchises Moraes frisou que o Pix, em si, é seguro. “Desconheço casos de ataque à infraestrutura do Pix. O que tem são golpes, mas não ataques à infraestrutura do Pix e é difícil de acontecer, porque o Banco Central fez um trabalho grande e forte de desenvolver junto com todo mundo requisitos de segurança. São várias camadas de segurança projetadas para o protocolo do Pix”, disse.  Ondas de golpes  Os golpes, conforme apontou Anchises Moraes, provêm, principalmente, da desinformação que é explorada por golpistas para, por exemplo, induzirem as pessoas por meio de engenharia social a fazerem um Pix. O universo criminoso em volta do Pix também se aperfeiçoou. As fraudes que antes se limitavam aos horários das transferências passaram a ser 24 horas por dia por sete dias na semana. “Os criminosos conseguem fazer o dinheiro “desaparecer” rapidamente pulverizando em muitas contas bancárias”, disse o especialista.  Na sua apresentação, ele detalhou o que chamou de seis ondas de ataques. A primeira ocorreu por ocasião do lançamento do Pix com golpes de phishing levando usuários a site maliciosos sob justificativa de fazer o cadastro da chave Pix. Quando o Pix ainda era incipiente, começou uma onda de boatos de bugs com vídeos falsos falando que havia bug e ao fazer um Pix para uma determinada chave haveria a devolução a mais do dinheiro. Este tipo de golpe evoluiu para golpistas oferecendo esquema de investimento com Pix com a promessa de receber uma grande quantidade de dinheiro se fizer a transferência para uma chave Pix específica. Para além desse tipo de golpe e porque todos estão usando celulares para fazerem Pix para pagamentos o tempo todo, o aparelho celular virou alvo de criminosos, assim como o sequestro-relâmpago. “Ninguém rouba o aparelho pelo aparelho, mas para acessar a conta bancária e limpar a conta”, disse, acrescentando que para combater isso é importante configurar limites de transferências, estabelecer ‘locais seguros’ e desvincular o acesso aos investimentos.  Como esses golpes acontecem com muita frequência, aumentou a demanda no mercado criminoso por contas laranjas. “Tem gente especializada em abrir contas em vários bancos usando documentos falsos, dados de terceiros e vendem ou alugam essas contas. E também tem gente que está passando dificuldade e aluga a conta bancária para os criminosos. É o aluguel de conta, que tem uma pessoa verdadeira com cadastro válido, mas caiu na tentação de alugar a conta para um terceiro para fazer a transferência de dinheiro roubado”, detalhou Anchises Moraes.  Os criminosos migram o dinheiro obtido com os golpes de contas em golpes, tornando difícil o dinheiro roubado ser rastreado e recuperado. Como reação, Banco Central criou o mecanismo especial de devolução, mas a devolução somente ocorre se o dinheiro estiver na conta — e o criminoso profissional move rapidamente o dinheiro. Outra ação é reforçar a criminalização do aluguel das contas, porque é mais fácil se chegar a quem aluga que ao criminoso em si. “Já têm iniciativas de criminalizar a pessoa que está emprestando a conta e reforçar mensagem de que quem empresta a conta também pode ser criminalizado”, destacou o especialista.  Além disso, há golpes que usam o tema do Pix, como alertas e mensagens de confirmação de transação falsa de Pix que chegam por SMS e pedem que a vítima entre em contato com o número indicado — uma central falsa de atendimento.  A sexta onda começou há um ano, mais ou menos, com a detecção de vírus que têm o Pix como objetivo. Desde dezembro de 2022, foram identificadas nove famílias de trojans bancários direcionados a transações Pix, especializadas em manipulá-las. O grande foco, segundo Anchises Moraes, é o celular Android, mas já tem versão de extensão maliciosa do Chrome. A infecção é feita via engenharia social na vítima e os vírus usam técnicas de acesso remoto (RAT) ou automação (ATS).  Moraes detalhou que a vítima é convencida a baixar o aplicativo malicioso normalmente ao ser contatada por uma central falsa de atendimento dizendo que identificou uma fraude na conta e mandando atualizar ou baixar o aplicativo. Também podem ser enviadas mensagens com conteúdo semelhante e com o objetivo final de fazer a vítima clicar em links maliciosos. Uma vez que o usuário baixou o aplicativo malicioso, ele fica ativo no aparelho e funciona de duas formas principais, de acordo com o especialista.  A primeira é que o app malicioso dá acesso remoto para o criminoso e, quando a vítima abre o aplicativo do banco, o aplicativo “acorda” e dá acesso remoto ao criminoso que passa a operar o app do banco — ele coloca uma tela falsa para visualização da vítima, enquanto, por trás, escondido, está mexendo no app e transferindo o dinheiro. Os vírus que funcionam de forma automatizada contam com várias chaves Pix de contas do criminoso pré-cadastradas. Da mesma forma, quando a vítima abre o app do banco no celular, o vírus se ativa e passa a controlar o app, colocando uma tela falsa enquanto opera o aplicativo do banco por trás alterando os dados, o valor e a chave Pix das transações. 

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    13 de setembro de 2023 | Redação da Abranet

    O Banco Central (BC) informou que, em 50 dias de projeto piloto, 500 transações foram bem sucedidas no Drex, a moeda digital brasileira, e 11 instituições operam na rede. Segundo a autoridade monetária, os participantes do programa começaram a ser incorporados à plataforma no fim de julho. De lá para cá, vários tipos de operações têm sido simuladas, tanto no atacado quanto no varejo, disse o BC. De acordo com a autarquia, a primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma Drex para fins de simulação foi realizada nessa segunda-feira (11). Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados, afirmou. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes. Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso. A primeira fase do piloto deve ser encerrada no meio de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte. A cada semana, um tipo novo de operação é realizado pelas instituições participantes. Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex, ressaltou o BC.

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    04 de setembro de 2024 | Da Redação Abranet

    O Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central publicou nesta quarta, 4/9, uma nova instrução normativa que trata de diferentes aspectos da adesão ao Pix, além de prever a oferta de produtos e serviços adicionais ou facultativos. A norma trata de como os interessados, tenham já ou não autorização do BC para operar, devem fazer para aderirem ao sistema de pagamento instantâneo, as diversas etapas do processo e exigências para a formalização, como o projeto de experiencia do usuário, uso de QR Codes, etc. A autoridade monetária também trata de como instituições autorizadas a funcionar podem oferecer serviços adicionais, se habilitar ao Diretório de Identificadores de Contas Transacionais – DICT, ou serviços de iniciação de pagamentos, saque, por exemplo. Prevê, ainda, que uma instituição já participante do Pix, ou em processo de adesão, poderá apresentar, a qualquer tempo, pedido para ofertar ou consumir funcionalidades, de natureza facultativa, relacionadas ao Pix Automático. Além disso, a IN 511 traz um cronograma relacionado aos testes do Pix Automático: I – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix antes de 28 de abril de 2025, inclusive instituições participantes em operação, devem realizar com sucesso os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025; II – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025 devem realizar com sucesso os testes no prazo de oito semanas contadas a partir da conclusão com sucesso da etapa homologatória pertinente; III – instituições que não concluírem a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix até 6 de junho de 2025 devem concluir os testes do Pix Automático dentro do prazo determinado para a conclusão com sucesso dessa etapa; e IV – instituições participantes em operação que ofertem conta apenas a usuários pessoa jurídica e optem por não ofertar pagamentos via Pix Automático devem encaminhar formulário cadastral indicando dispensa da oferta de Pix Automático até 4 de abril de 2025. Instituições participantes do Pix que estejam obrigadas a ofertar serviços do Pix Automático ou que, de forma facultativa, enviem até 4 de abril de 2025 formulário de atualização cadastral indicando a intenção de oferta de serviços do Pix Automático, devem cumprir os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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