Os prestadores de serviços de telecomunicações e de Internet que queiram participar da iniciativa do governo federal de levar Internet para as 42 mil escolas ainda desconectadas das 138 mil existentes  no país, têm de desenhar um projeto, colocar a mão na massa, executar e entregar. Na verdade, o ISP tem de sair da zona de conforto e ir investir em áreas remotas onde não há acesso à internet, onde não há internet via rádio ou telefonia celular, observa o vice-presidente da Abranet, Jesaias Arruda. Arruda reconhece que há uma grande oportunidade pela frente para novos negócios, principalmente nas regiões Norte e Nordeste onde 20% das escolas não têm conexão alguma, além das próprias localidades, mas não será fácil. Obter empréstimo significa ter um projeto bem desenhado. E há barreiras naturais. Na região Norte, por exemplo, vivemos a maior seca da história. Não tem como levar a balsa para o lançamento de fibra óptica. As infovias começam a funcionar, mas ainda há muito por construir, pontua. Para o vice-presidente da Abranet, mais do que levar conexão à Internet para as escolas, os provedores Internet vão levar inclusão social e econômica. Muitas localidades não têm nada. Nada. Não podem usar o PIX. Não têm saúde digital. Não tem nada. Há escolas sem energia elétrica. Os projetos são de avançar a inclusão digital, social e econômica. Assistam a entrevista com o vice-presidente da Abranet, Jesaias Arruda.