Com o anúncio da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas pelo governo federal, a Anatel, que desde 2021 vinha tocando um projeto de conexão dos estabelecimentos públicos de ensino, faz ajustes que devem ampliar o universo atendido.  “Vínhamos em uma direção e o governo agora edita uma estratégia nacional de conectividade nas escolas, que tem diferenças, e vamos adaptar a política do governo ao que vínhamos fazendo com o GAPE [Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas] e colocar a conectividade à luz da nova modelagem política”, explica o conselheiro Vicente Aquino, que preside o Grupo.  O GAPE foi criado a partir do leilão do 5G para coordenar o uso de R$ 3,1 bilhões em dinheiro reservado naquela licitação de espectro para financiar conectividade, especialmente, às escolas sem internet. Com o novo quantitativo, entram escolas consideradas com conectividade longe da ideal.  “A nova política traz a possibilidade de levarmos fibra ótica à porta da escola e rede WiFi. Então, ao invés de conectarmos 9 mil escolas, há a possibilidade de chegarmos a 40 mil escolas. Então é fibra, preferencialmente até a porta da escola, e rede interna. Daí o ajuste entre a nossa política com a política do governo”, disse Aquino.  “Conectamos 177 escolas de forma plena no projeto piloto, com conectividade interna e externa, WiFi, computadores, treinamento de professores, custeio de internet por um período de três anos. Essa foi a modelagem do piloto. Agora, estamos na segunda fase. Já vistoriamos 2,4 mil escolas e estamos a vistoriar mais 5,7 mil. A fase 2 e a fase 3 não entram em rota de colisão com a política do governo. Ao contrário, se completam com essa política”, completou o conselheiro.