Abranet participa do Link ISP 2023 e discute custo, churn, inadimplência e fidelização nas empresas de Internet

28 de agosto de 2023

por Por Eduardo Vasconcellos, do portal TeleSíntese

Abranet participa do Link ISP 2023 e discute custo, churn, inadimplência e fidelização nas empresas de Internet
Empresas de Internet, que participaram na semana passada do evento Link ISP 2023, realizado em Gramado, pela InternetSul, afirmaram que o alto nível de competição tem empurrado o preço do megabyte para baixo de um modo nada sustentável para as operações das empresas. Isso acontece quando um concorrente lança uma oferta abaixo do nível médio do mercado ou quando amplia o pacote de dados pelo mesmo preço praticado por planos mais modestos. “Abaixar o preço do mega vai acabar com a sua própria empresa”, frisou Jony Cruz, vice-presidente da Associação Brasileira dos Operadores de Telecomunicações e Provedores de Internet (Abramulti), em relação à estrutura de custos do negócio. A reportagem é do portal TeleSíntese. Outros temas à mesa foram churn, inadimplência e fidelização. A percepção das empresas de Internet é que, na atualidade do mercado, a cada 100 novos clientes, 90 eram assinantes de outro provedor. Para Jesaias Arruda, líder de TI e Operações na Bemol e vice-presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), as empresas precisam encontrar maneiras de fidelizar o cliente, reduzindo a rotatividade. “Ele [o assinante] precisa olhar para o seu provedor sendo uma fonte de serviço. Então, é importante oferecer streaming de vídeo ou áudio, cursos EAD, acesso a WiFi em outros ambientes, rede mesh”, citou. Além disso, Arruda disse que as empresas podem usar serviços de score para identificar se o potencial assinante tem dívidas com outros provedores. Quando o débito em aberto é com a sua empresa, a sugestão é reduzir a potência dos serviços. “Na minha empresa, se o cliente está devendo, ele pode usar o WiFi que disponibilizamos pela cidade por até cinco minutos. Quando está em dia, o tempo é muito maior”, relatou. Para Evandro Varonil, vice-presidente do Registro de Endereços da Internet para a América Latina e o Caribe (Lacnic), os provedores erram ao não reajustar os preços com regularidade, sobretudo com base na inflação. Com o tempo, o descompasso entre preço do serviço e custo da infraestrutura tende a se alargar, fazendo com que a empresa tenha que aumentar demais o valor do pacote. “Não deixe para passar de R$ 50 para R$ 100 de uma vez. É melhor fazer um pouquinho por vez, o consumidor sabe que os preços [de outros serviços] sobem”, destacou. Sobre o mesmo tema, Carlos Guarisco, vice-presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), ressaltou que uma das dificuldades para reajustar os preços é a falta de equipes comerciais qualificadas. “A grande maioria dos provedores investe muito pouco na área comercial, mas os que vendem mais são aqueles que criam times comerciais”, afirmou Guarisco.

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