“Estamos diante de uma nova revolução de produtividade que terá efeitos estruturais, mas, ao mesmo tempo, é fundamental que o setor público se valha das tecnologias para também  aumentar a sua produtividade”, destacou Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que representou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao falar no 3º Congresso Brasileiro de Internet (CBI), evento realizado pela Associação Brasileira de Internet (Abranet) em parceria com o Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), nesta quinta-feira (22/06). Mello começou sua fala destacando como as relações com as pessoas mudaram graças à internet e à conexão. Do ponto de vista do Ministério da Fazenda, Mello disse que há oportunidades e desafios, a começar com o fato de levar a tecnologia e a transformação para o maior número possível de brasileiros, suprindo a necessidade dos que hoje têm acesso à internet ou têm, mas não em quantidade ou em velocidade adequadas.  “O acesso à internet é quase um direito de cidadania, porque é uma parte relevante da vida das pessoas, dos debates e da formação de opinião. Quem não tem acesso à rede, de alguma forma, está excluído de uma série de serviços e uma série de atividades que ocorrem cada vez mais online”, apontou.  Fazer com que as pessoas tenham acesso à internet é o primeiro desafio, mas, conforme destacou Mello, também é uma oportunidade, porque desafia a atrair investidores a novas tecnologias que vão viabilizar isso para o País do ponto de vista econômico.  “É uma grande oportunidade para geração de emprego, de renda, de pesquisa, de inovação e, ao mesmo tempo, nós temos que trazer os benefícios que a internet traz para as nossas vidas particulares, porque ela facilita o nosso trabalho e aumenta a produtividade e a segurança”, apontou.   A transformação digital é fundamental para o setor público. Como exemplo, apontou o programa Desenrola, que, segundo ele, se dará a partir de uma grande parceria público-privada, com governo como fundo garantidor. “Antigamente, as pessoas teriam de ir à agência bancária e hoje poderá ser feito por aplicativo”, disse. Os produtores rurais também poderão usar a tecnologia para acessar o Plano Safra para tomar crédito. “Todas estas medidas se valem dos avanços da tecnologia, da internet.” Assista à fala de Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Foto: Paulo Victor Lago