No Web Summit Rio, evento em que expoentes e investidores em tecnologia buscam descobrir qual é o próximo passo da inovação, Txai Surui, índigena e ativista pela preservançaõ da Amazônia e porta-voz na COP-26 E COP-27, diz que o próximo passo está em se falar sobre Amazônia. Segundo ela, o conhecimento ancestral e a tecnologia são as receitas para construir um futuro possível e habitável na floresta. “A gente está vivendo a maior crise que a humanidade já viveu, a crise do clima. Nós povos indígenas estamos na linha de frente desta batalha. Somos nós os maiores guardiões da floresta. Somos 5% de toda a população mundial e protegemos 82% de toda a biodiversidade. Nosso compromisso é o da vida, afirmou”. A ativista chamou a atenção para uma construção coletiva em torno da situação do clima. “É uma batalha que vamos ter que lutar juntos com o conhecimento que já adquirimos e as inovações tecnológicas”. Txai Surui entrou no palco principal do Rio Centro com um canto típico do povo suruí “de acolhimento e de reflorestar as mentes e corações”. Inteligência Artificial Em entrevista à Maju Coutinho, apresentadora da TV Globo, a advogada e escritora Ayo lembrou que o necessário movimento Black Lives Matter completa dez anos e se não fosse pelas redes sociais, não teria ganhado tamanha escala. A batalha da organização, no entanto, está longe de ter atingido um nível satisfatório e para ela, até a tecnologia é inimiga no processo. “Infelizmente, nas mídias sociais, o conteúdo é moderado, e as nossas notícias sempre fica para baixo. Estamos aprendendo a usar as ferramentas tecnológicas para fazer com que nossas vozes sejam ouvidas”, destacou. Falando sobre o uso cada vez mais massivo da AI no dia a dia, Ayo apontou que ela também é investidora de empresas de AI, e grande entusiasta da tecnologia, mas ponderou que todo tipo de solução precisa atuar a favor da sociedade.