Escassez de profissionais leva empresas a optarem por comprarem TI como serviço

11 de abril de 2023

por Redação da Abranet

Escassez de profissionais leva empresas a optarem por comprarem TI como serviço
O estudo IT Trends Snapshot 2023, da Logicalis, apontou que a escassez de profissionais qualificados em tecnologia tem acelerado a tendência das empresas em adquirir inovações no modelo de serviços. O levantamento, que está em sua oitava edição e aponta as tendências tecnológicas do mercado brasileiro, ouviu 123 executivos da área de tecnologia da informação (TI) no país e revelou que 94% dos respondentes afirmam ter sofrido com essa falta de recursos humanos no setor. Procurando alternativas para a continuidade dos negócios, as companhias brasileiras implementaram, ou pretendem adotar, nos próximos 12 meses, ações como a ampliação da contratação de tecnologia como serviços (82%), o desenvolvimento de programas internos de formação (73%), a revisão de políticas de contratação, salários, benefícios e horários de trabalho (72%) e a readequação do ambiente de trabalho e/ou políticas de home office. Para 83%, esse cenário de escassez de mão-de-obra é persistente e não se resolverá rapidamente. Em nota à imprensa, Yassuki Takano, diretor de consultoria da Logicalis, apontou que o desafio de contratação de profissionais qualificados não é exclusivo do setor de TI, mas torna-se acentuado na medida que esse segmento convive com atualizações mais frequentes e complexas.  Ele acrescentou que, quando se leva em consideração que a tecnologia é, cada vez mais, parte inseparável da estratégia das empresas, a importância do assunto sai das fronteiras do departamento de TI e impacta a sustentabilidade das organizações como um todo.  Nesse contexto, o executivo disse que as organizações estão avaliando a possibilidade de manter um núcleo de gestão de tecnologia e estabelecer parcerias com corporações que forneçam as soluções e processos como serviços. A pesquisa também mostrou que a transformação digital vem ganhando importância na agenda de objetivos estratégicos das organizações. O desenvolvimento da jornada de transformação digital aparece em terceiro lugar quando perguntado sobre as prioridades de negócios, apontado por 37% dos respondentes. O primeiro e segundo lugares são, respectivamente, o aumento de eficiência operacional (54%) e a otimização e transformação de processos (48%).  A preocupação com a segurança da informação vem aumentando: nas últimas três edições do estudo, o percentual de citação do tema como prioridade dos CIOs foi de 45% para 53% e, depois, para 58%. A busca por ambientes de negócios mais protegidos tecnologicamente parece trazer como efeito colateral uma maior necessidade de controle. Quando questionados sobre a tomada de decisão entre ambientes com maior liberdade ou maior controle, 75% dos executivos têm escolhido controle, contra 25% que optam por liberdade. Na edição passada, essa proporção era de 71% e 29%, respectivamente, e na edição retrasada, 53% e 47%. A computação em nuvem é uma realidade. Dos respondentes, 5% são cloud native ou cloud first, ou seja, baseiam sua estratégia tecnológica no uso do cloud computing. Além disso, 26% já executaram parte relevante ou a totalidade da migração para a nuvem — com equipe e processo de governança que permitem melhoria contínua — e 19% têm um plano estruturado de migração e já executaram parte relevante do movimento para a nuvem. Por outro lado, práticas de cloud, como monitoramento financeiro dos custos, planejamento financeiro para contratação e uso de serviços, desenvolvimento de centros de excelência para capacitação em tecnologia de nuvem e o uso de ferramentas para gestão dos serviços de cloud, têm sido adotadas por menos de 40% das empresas.   

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