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Hospital das Clínicas faz teste com OpenRAN 5G

19 de setembro de 2022

por Por Roberta Prescott

Um exemplo de como redes privativas de 5G podem ser aplicadas na área da saúde foi lançado, nesta quinta-feira (15/09), pelo Núcleo de Inovação Tecnológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e pelo InovaHC. Batizado de OpenCare 5G, o projeto, fruto de parceria público-privada, é coordenado pela Deloitte e tem a participação do Itaú Unibanco, Siemens Healthineers, NEC, Telecom Infra Project (TIP), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). O OpenCare 5G foi construído com base em rede privada de acesso de rádio aberto — Open RAN, tecnologia aberta, desagregada e que tem a intenção de acelerar a implantação do 5G a custos mais baixos do que o modelo tradicional utilizado na indústria de telecomunicações. O projeto piloto criou uma simulação de atendimento remoto para imagens de ultrassom. Dentro das dependências do Hospital das Clínicas foram instaladas duas antenas 5G em ambientes distintos. Seguindo o conceito de Open RAN, parte da solução está hospedada no ambiente do Hospital das Clínicas e o controle da rede no datacenter do Itaú Unibanco. Em uma das salas são utilizados equipamentos de ultrassom e de tomografia e, em outra sala, ocorre a coordenação remota da execução dos exames. Assim, o equipamento de ultrassom pode ser operado por um técnico no local, enquanto um médico analisa a distância, em outro local, as imagens em tempo real e faz o laudo. A expectativa é que a solução possa ser adotada em localidades remotas, democratizando o acesso à saúde. Esse também é um passo anterior à cirurgia operada a distância, uma promessa que se escuta desde o surgimento do 5G. A baixa latência, no caso do ultrassom, é requisitada, mas é um fator não crucial, como ocorre para o caso de cirurgias. Por isso, as taxas de latência (atraso na transmissão dos dados de uma ponta a outra) em torno de 20 milissegundos em banda acima de 300 Mbps foi satisfatório para os profissionais envolvidos. Estes resultados só eram possíveis anteriormente em redes cabeadas. Latências maiores acarretariam perda de sincronismo entre quem coordena e quem executa a atividade médica, impedindo uma comunicação efetiva. O projeto usou a frequência provada de 3,5 Ghz. O ultrassom a distância foi escolhido entre cerca de 50 casos que tinham potencial de usar 5G. “Vislumbramos possibilidades de uso de 5G no HC, porque é um hospital-escola e para o qual poderíamos trazer vários parceiros. Então, conduzimos sessão com médicos para entender casos de uso em potencial para 5G na saúde. Chegamos a 50 casos, em um trabalho conjunto entre Deloitte e Hospital das Clínicas. E escolhemos o caso do ultrassom, porque fazia mais sentido e precisa de uma latência relativa, além de ter impacto alto na sociedade. O ultrassom é transformacional e entendemos que este caso pode inspirar outras indústrias”, justificou Marcia Ogawa, líder para as áreas de tecnologia e telecomunicações da Deloitte, em conversa com jornalistas ao término do evento. O mapeamento dos possíveis casos de uso ocorreu antes do leilão 5G. “O que estamos testando agora é a parte privada, entendendo quais são os benefícios. A primeira ideia era testar a tecnologia e ver se servia; e vimos que sim. Agora vamos levar o caso para o remoto, criando sites e fazendo a experiência mais próxima da realidade. O terceiro passo é expandir”, acrescentou Roberto Murakami, CTO para América Latina da NEC. A expectativa dos participantes é fechar com alguma cidade do interior de São Paulo — e há conversas com Itapeva — e depois levar a solução para regiões menos densamente povoadas. Esse projeto, salientou Augusto Dantas Nellessen, superintendente de TI do Itaú, é um passo seguinte à iniciativa Todos para Saúde, na qual o maior problema enfrentado foi o de conexão com as UBS. “Esse é uma continuação do Todos pela Saúde, que usava inteligência artificial para identificar se pulmão tinha Covid-19 ou não. Agora é um avanço, provendo acesso a exame com uma pessoa não tão qualificada na ponta fazendo o procedimento simples e alguém qualificado na outra ponta analisando as imagens, mas sem IA; a inteligência está no médico que faz o laudo”, explicou. O piloto foi financiado pelas empresas participantes, cada uma entrando com mão de obra e equipamentos. Para sair “da prancheta” e estar em funcionamento, virando produto em operação, são necessários recursos financeiros, conforme explicou Marcia Ogawa, da Deloitte, acrescentando que há conversas com o BID e outros entes. Neste momento, não há mais necessidade de custos para desenvolvimento, apenas para expansão do projeto. Regulamentação A pandemia da Covid-19 derrubou algumas barreiras da medicina e abriu espaço para inovações como a teleconsulta. E, ainda que a realização de ultrassom de forma remota não esteja prevista em lei, o professor doutor Giovanni Guido Cerri, presidente do conselho do Instituto de Radiologia do  Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e presidente da comissão de Inovação do HCFMUSP, disse que isso não deve ser uma barreira. “A tecnologia vem para melhorar o acesso e diminuir a desigualdade ao paciente”, salientou. Segundo ele, o papel do HCFMUSP no projeto não é de comercializar a solução, mas, sim, testar novas tecnologias e mostrar que funcionam. Ele defendeu que a aplicação mais imediata de 5G será na saúde digital, desde o monitoramento de pacientes a distância e teleconsultas à capacitação de mão de obra médica, aumentando o número de profissionais qualificados por meio de treinamentos remotos com simulações que reproduzam a realidade. “A próxima área será a teleconsulta. Ainda em muitas regiões, o sinal de internet não é adequado e a teleconsulta tem comunicação difícil com paciente, o que será  beneficiado com sinal 5G. E o OpenCare pode evoluir o sistema de teleconsulta, porque temos de ter solução alternativa para onde não chegar sinal das operadoras e projetos caminham de forma paralela”, acrescentou. Durante sua fala no debate que explicou o projeto, Giovanni Guido Cerri ressaltou que o OpenCare 5G é um projeto transformador e importante; e disse que, apesar do desastre em termos de saúde pública que foi a pandemia, houve aceleração de algumas verticais, como o atendimento remoto. “O HC encarou projeto de saúde digital, que se consolidou também com um piloto na região amazônica, onde demonstramos como a saúde digital é eficaz, como a população aprecia e como é possível levar saúde à população remota. Mas falta conectividade mais rápida e eficiente e o 5G vem completar este processo de transformação, porque conectividade rápida representa um aumento da confiabilidade para os pacientes e rapidez dos exames chegando ao clínico, o que impacta todas as comunicações. Por isso, o 5G é tão importante”, destacou. Cerri também salientou que é preciso melhorar o acesso à saúde, reduzir as desigualdades e trabalhar a questão do custo. “A saúde digital com 5G pode contribuir para uma redução de custo”, disse.  Outro exemplo Também falando no evento, Cristiano Blanez dos Santos, líder de inovação da NEC no Brasil, apresentou o sistema optimize que usa inteligência artificial para fazer triagem ocular. “É um exemplo interessante de levar a tecnologia para atender em lugares remotos, porque a ferramenta ajuda a identificar a condição em estágio inicial retinopatia por meio do diabetic retinopathy screening”, disse. A retinopatia diabética é uma complicação ocular resultante da diabetes. Segundo ele, com um equipamento portátil é possível atender à população de  maneira remota, mas sem substituir o profissional.  

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    13 de setembro de 2023 | Redação da Abranet

    O Banco Central (BC) informou que, em 50 dias de projeto piloto, 500 transações foram bem sucedidas no Drex, a moeda digital brasileira, e 11 instituições operam na rede. Segundo a autoridade monetária, os participantes do programa começaram a ser incorporados à plataforma no fim de julho. De lá para cá, vários tipos de operações têm sido simuladas, tanto no atacado quanto no varejo, disse o BC. De acordo com a autarquia, a primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma Drex para fins de simulação foi realizada nessa segunda-feira (11). Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados, afirmou. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes. Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso. A primeira fase do piloto deve ser encerrada no meio de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte. A cada semana, um tipo novo de operação é realizado pelas instituições participantes. Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex, ressaltou o BC.

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    04 de setembro de 2024 | Da Redação Abranet

    O Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central publicou nesta quarta, 4/9, uma nova instrução normativa que trata de diferentes aspectos da adesão ao Pix, além de prever a oferta de produtos e serviços adicionais ou facultativos. A norma trata de como os interessados, tenham já ou não autorização do BC para operar, devem fazer para aderirem ao sistema de pagamento instantâneo, as diversas etapas do processo e exigências para a formalização, como o projeto de experiencia do usuário, uso de QR Codes, etc. A autoridade monetária também trata de como instituições autorizadas a funcionar podem oferecer serviços adicionais, se habilitar ao Diretório de Identificadores de Contas Transacionais – DICT, ou serviços de iniciação de pagamentos, saque, por exemplo. Prevê, ainda, que uma instituição já participante do Pix, ou em processo de adesão, poderá apresentar, a qualquer tempo, pedido para ofertar ou consumir funcionalidades, de natureza facultativa, relacionadas ao Pix Automático. Além disso, a IN 511 traz um cronograma relacionado aos testes do Pix Automático: I – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix antes de 28 de abril de 2025, inclusive instituições participantes em operação, devem realizar com sucesso os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025; II – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025 devem realizar com sucesso os testes no prazo de oito semanas contadas a partir da conclusão com sucesso da etapa homologatória pertinente; III – instituições que não concluírem a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix até 6 de junho de 2025 devem concluir os testes do Pix Automático dentro do prazo determinado para a conclusão com sucesso dessa etapa; e IV – instituições participantes em operação que ofertem conta apenas a usuários pessoa jurídica e optem por não ofertar pagamentos via Pix Automático devem encaminhar formulário cadastral indicando dispensa da oferta de Pix Automático até 4 de abril de 2025. Instituições participantes do Pix que estejam obrigadas a ofertar serviços do Pix Automático ou que, de forma facultativa, enviem até 4 de abril de 2025 formulário de atualização cadastral indicando a intenção de oferta de serviços do Pix Automático, devem cumprir os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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