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  4. Paul Krugman: Covid-19 obriga avançar rumo à economia global moderna e sustentável

Paul Krugman: Covid-19 obriga avançar rumo à economia global moderna e sustentável

18 de setembro de 2020

por Redação da Abranet*

Paul Krugman: Covid-19 obriga avançar rumo à economia global moderna e sustentável
O vencedor do Nobel de Economia Paul Krugman prevê tempos difíceis pela frente. E acredita que o cenário imposto pela Covid-19 vem mostrar que é preciso repensar políticas para avançar no sentido de uma economia global moderna e sustentável. O posicionamento dele foi feito ao participar do SAP NOW 2020. Em sua avaliação, a atual crise trouxe prejuízos muito mais avassaladores do que aqueles gerados por períodos de recessão econômica. “Vimos o maior número de empregos perdidos em um espaço de tempo tão curto. Além do desemprego em si, a Covid-19 também impede que consumidores gastem por conta do isolamento social e fechamento de setores não essenciais”, analisou. Krugman prevê que muitos mais empregos serão perdidos nos próximos meses. “Ainda não estamos no pós-pandemia. Estamos atravessando a pandemia, e a falta de políticas pensadas para o médio prazo terá ainda muitas consequências negativas”, disse. Segundo ele, ainda que algumas economias tenham adotado medidas severas, estas não duraram tempo suficiente. “Bares reabriram muito rapidamente, muita gente não compreende e se sente lesada pela obrigatoriedade de uso da máscara, a demora do retorno às aulas também deve afetar a produtividade dos pais e até o aprendizado das crianças”, enumerou. Além disso, diz o economista, as políticas criadas para ajudar empregadores a manterem seus colaboradores estão perto do fim, mesmo que as companhias ainda precisem do auxílio. “Devemos ver ainda mais desemprego”, comentou. “Os próximos meses devem ser preocupantes. Teremos um grande problema para ter a economia retomada: problemas pessoais, psicológicos e financeiros.” Futuro Krugman acredita que já em 2021 vejamos muito menos casos da nova doença. E coloca o grande questionamento: será que conseguiremos criar ambientes mais sustentáveis? Para o especialista, a Covid-19 foi realmente fonte de aprendizado sobre os limites para os comportamentos egoístas. “Até pouco tempo atrás, acreditava-se que isso era fator que levava as pessoas a serem produtivas e alcançarem aquilo que almejavam”, disse. “No entanto, sempre foi claro, ao menos para quem estuda isso, que os interesses particulares nem sempre movem as pessoas para a produtividade”, assegurou. Krugman considera que a pandemia deve nos ensinar que algumas restrições às vezes se fazem necessárias. Economia moderna x impactos ambientais A necessidade de se estabelecer uma economia mundial sustentável é, mais do que nunca, consenso no mercado. No entanto, há divergências quando a discussão é se a economia moderna passa necessariamente por impactar negativamente o ambiente. “Há quem não consiga dissolver esse link e veja essa ligação como motivo para não fazer nada ou para desistir da busca pelo crescimento econômico”, avaliou. “A verdade é que as duas coisas podem ser dissociadas.” Usando a economia norte-americana como exemplo, Krugmam afirmou que o PIB do país mais do que dobrou entre 1973 e o início da pandemia. No mesmo período, o consumo de energia per capita diminuiu 16% e as emissões de CO2 foram reduzidas em 25%. “É a desvinculação da relação direta entre crescimento e estragos ambientais”, registrou. Significa, na visão de Krugman, que é possível estabelecer uma grande economia mundial, moderna e sustentável, sem gerar impactos ambientais negativos. As novas tecnologias de energia renovável seriam, para o economista, o grande ponto de atenção. Dever-se-ia tirar o aprendizado sobre a necessidade de políticas duradouras e empregá-lo nessa questão. “Já estamos lidando com as consequências das coisas que fizemos errado. Temos a lição de que é preciso agir, estabelecer políticas que incentivem o uso das tecnologias renováveis mais do que apliquem taxas sobre a queima de carbono”, sugeriu, acrescentando que a mudança para a economia sustentável deve acontecer de qualquer maneira. Cabe a nós decidirmos se queremos que seja algo lento ou uma mudança rápida e duradoura. A pandemia mostrou que, mesmo de maneira forçada, existem alternativas mais sustentáveis. Para o economista, as viagens e o tráfego aéreo exacerbado do fim de 2019 não têm razão de ser. “Vimos que muitas dessas viagens a trabalho são desnecessárias. Todo o cenário atual nos mostrou que teremos grandes impactos positivos para a criação de uma economia sustentável”, afirmou. Krugman disse ainda que a Covid-19 nos fez repensar e aprender que precisamos fazer mais do que apenas confiar na mágica do mercado. “As políticas que encorajam as pessoas a fazerem as coisas de maneiras diferentes podem ter muito mais sucesso do que a fórmula usada até aqui”, acrescentou. “A adaptabilidade das economias modernas é enorme. Podemos fazer isso funcionar. Ainda podemos ter economias modernas prósperas com todas as conveniências a que estamos acostumados.” * Matéria originalmente publicada na Agência SAP Now.

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    13 de setembro de 2023 | Redação da Abranet

    O Banco Central (BC) informou que, em 50 dias de projeto piloto, 500 transações foram bem sucedidas no Drex, a moeda digital brasileira, e 11 instituições operam na rede. Segundo a autoridade monetária, os participantes do programa começaram a ser incorporados à plataforma no fim de julho. De lá para cá, vários tipos de operações têm sido simuladas, tanto no atacado quanto no varejo, disse o BC. De acordo com a autarquia, a primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma Drex para fins de simulação foi realizada nessa segunda-feira (11). Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados, afirmou. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes. Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso. A primeira fase do piloto deve ser encerrada no meio de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte. A cada semana, um tipo novo de operação é realizado pelas instituições participantes. Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex, ressaltou o BC.

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    04 de setembro de 2024 | Da Redação Abranet

    O Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central publicou nesta quarta, 4/9, uma nova instrução normativa que trata de diferentes aspectos da adesão ao Pix, além de prever a oferta de produtos e serviços adicionais ou facultativos. A norma trata de como os interessados, tenham já ou não autorização do BC para operar, devem fazer para aderirem ao sistema de pagamento instantâneo, as diversas etapas do processo e exigências para a formalização, como o projeto de experiencia do usuário, uso de QR Codes, etc. A autoridade monetária também trata de como instituições autorizadas a funcionar podem oferecer serviços adicionais, se habilitar ao Diretório de Identificadores de Contas Transacionais – DICT, ou serviços de iniciação de pagamentos, saque, por exemplo. Prevê, ainda, que uma instituição já participante do Pix, ou em processo de adesão, poderá apresentar, a qualquer tempo, pedido para ofertar ou consumir funcionalidades, de natureza facultativa, relacionadas ao Pix Automático. Além disso, a IN 511 traz um cronograma relacionado aos testes do Pix Automático: I – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix antes de 28 de abril de 2025, inclusive instituições participantes em operação, devem realizar com sucesso os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025; II – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025 devem realizar com sucesso os testes no prazo de oito semanas contadas a partir da conclusão com sucesso da etapa homologatória pertinente; III – instituições que não concluírem a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix até 6 de junho de 2025 devem concluir os testes do Pix Automático dentro do prazo determinado para a conclusão com sucesso dessa etapa; e IV – instituições participantes em operação que ofertem conta apenas a usuários pessoa jurídica e optem por não ofertar pagamentos via Pix Automático devem encaminhar formulário cadastral indicando dispensa da oferta de Pix Automático até 4 de abril de 2025. Instituições participantes do Pix que estejam obrigadas a ofertar serviços do Pix Automático ou que, de forma facultativa, enviem até 4 de abril de 2025 formulário de atualização cadastral indicando a intenção de oferta de serviços do Pix Automático, devem cumprir os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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