Com mais acessos por fibra ótica, velocidade de conexão aumenta nas empresas

28 de abril de 2020

por Roberta Prescott

Com mais acessos por fibra ótica, velocidade de conexão aumenta nas empresas
As empresas brasileiras estão conectadas à internet e a maioria delas possui acesso por meio da fibra ótica, o que levou a um aumento na velocidade de conexão. Em 2019, 67% das pesquisadas para a 13ª edição da TIC Empresas afirmaram contar com conexão por fibra ótica, frente a 49% em 2017, quando o acesso DSL, conexão via linha telefônica, predominava. Consequentemente, o porcentual de empresas com velocidades entre 10 Mbps e 100 Mbps passou de 44%, em 2017, para 53%, em 2019, ano em que as velocidades acima de 100 Mbps chegaram a 17% (frente a 7% da pesquisa anterior).  Com relação ao porte, 91% das de grande porte possuem conexão via fibra ótica.  A pesquisa de 2019 mostrou também que o índice de 98% das empresas brasileiras com acesso à internet revela que a conexão está universalizada entre as empresas, uma tendência que vem desde 2017. No entanto, há lacunas a serem preenchidas. Apenas 54% das empresas possuem website, sendo a maioria as grandes empresas. Em coletiva de imprensa online, nesta terça-feira (28/04), o coordenador da TIC Empresas, Leonardo Melo Lins, explicou que desde 2015 a proporção de empresas que têm website não muda e que a concentração está nas grandes empresas. “A internet está chegando às empresas, mas a busca por uma presença online não acompanha este maior uso da internet. Talvez o próximo passo da conectividade seja um uso mais amplo dos recursos que a internet oferece, como uma presença online e mais profissionalizada via website”, disse. Já com relação a redes sociais a presença é mais forte, com 78% das empresas, independentemente de porte, nas redes sociais.  Nesta edição, a pesquisa questionou sobre a adoção de ferramentas de tecnologia da informação e comunicação. Quando questionadas sobre se pagaram por serviços em nuvem, os porcentuais que disseram que sim não alcançam mais de 40%. No caso de e-mail na nuvem, 39% das empresas afirmaram que pagaram, contra 27% em 2017 e 30% em 2015, sendo que a maior parte das que pagaram (63%) possuem mais de 250 funcionários. Com relação a serviços de armazenamento de arquivos ou banco de dados em nuvem, 38% disseram que pagaram; em software de escritório em nuvem foram 27% e em capacidade de processamento em nuvem, 23%. “Ainda não é um serviço sendo usado massivamente pelas empresas”, disse Leonardo Melo Lins. Ele também destacou que tecnologias como big data, impressão 3D, robôs industriais e robôs de serviço são tem adoção incipiente nas empresas. “Os números do Brasil são menores se comparados a números europeus, mas observamos que as discussões são enormes. Estamos avançando a passos largos em direção a um uso maior das tecnologias”, apontou.   A TIC Empresas, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), tem como objetivo medir o acesso e o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) entre as pequenas, médias e grandes empresas brasileiras. A pesquisa coletou os dados entre abril e agosto de 2019 e entrevistou 7.000 empresas de 11 segmentos da economia em todo o território nacional. Acesse a pesquisa completa.

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