Em 2018, o Brasil ocupou a 43ª posição no Índice Global de Conectividade (GCI, na sigla em inglês). Acompanhando o indicador há anos, Márcia Ogawa, da Deloitte, observa que a diferença entre os países desenvolvidos e emergentes vem aumentando. “A problemática do Brasil e de países emergente é que a transferência de tecnologia dos desenvolvidos para o emergentes é mais complicada; e o gap está distanciando os países desenvolvidos dos emergentes, exceto a China que fez os investimentos corretos”, afirmou em apresentação no XI Seminário TelComp 2018.  Para a especialista, o Brasil precisa endereçar três tópicos para fomentar a economia digital: focar em educação de qualidade, contar com ambiente propício aos negócios (com menos burocracia e menos tributação para infraestrutura) e realizar investimentos no setor de tecnologia da informação e comunicações. “Esta agenda tem de estar na pauta do futuro presidente”, ressaltou.Em sua avaliação, as empresas de internet e as operadoras competitivas têm papel fundamental na construção digital, porque são responsáveis pela implantação de rede de fibra ótica, sobre a qual os serviços da nova economia são prestados. Além disto, a quinta geração da telefonia, 5G, é um pilar relevante da conectividade, ao romper a barreira de conexão entre pessoas e conectar coisas. “Velocidade, latência, alta confiabilidade: quando se tem a conectividade com estas características, você destrava e entra na economia digital”, afirmou. De acordo com ela, o modelo de 5G é ser uma rede de redes. “Existem, por isso, inúmeras oportunidades, e alerta para o papel das operadoras para a sociedade e para a nova economia”, destacou, completando que a desconstrução entre as camadas e coexistência entre as operadoras e novos entrantes representam uma oportunidade para parceiros e para as telcos. “No momento que se habilitam as camadas funcional e de negócios vai surgir oportunidade para não-telcos.” A sócia da Deloitte participou do XI Seminário TelComp, realizado nesta quarta-feira, 13/11, em São Paulo.