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Dados Pessoais: Lei não é a ideal, mas foi a possível e não deve ser fatiada

08 de agosto de 2018

por Roberta Prescott

Dados Pessoais: Lei não é a ideal, mas foi a possível e não deve ser fatiada
Os possíveis vetos do presidente da República, Michel Temer, ao texto aprovado no Senado e na Câmara do PLC 53/2018, que dispõe sobre a proteção de dados pessoais, gerou apreensão dos integrantes do painel que debateu os modelos regulatórios para a aplicação e fiscalização de leis de proteção de dados pessoais no painel no IX Seminário de Proteção à Privacidade e aos Dados Pessoais. O tom da maioria dos debatedores foi pela aprovação da lei tal qual foi aprovado no Congresso Nacional. Presidente da mesa, Flávia Lefèvre, representando o CGI.br, disse que espera uma aprovação sem vetos. “Esperamos que o Temer possa reconhecer o grande consenso que se formou em torno deste tema. Agora vamos saber, dentro de pouco dias, se brasileiros vão estar como outros cidadãos do mundo, tendo a nossa privacidade, dados pessoais e autonomia protegidos no que diz respeito a tratamento dos dados. Isto vai colocar o Brasil em outro patamar”, destacou. “Temos uma batalha pela frente que é a integralidade da lei na sanção, porque foram oito anos debatendo até aqui. Não é um projeto que agradou a todos; houve concessão; ele não é perfeito, mas é ideal. Me preocupa que haja fatiamento que prejudique o projeto”, ressaltou Andriei Gutierrez, da IBM Brasil. Falando da perspectiva do setor privado, Ana Paula Bialer, representando a Brasscom, mostrou preocupação com um eventual fatiamento da lei. “Temos defendido a sanção integral. Nos preocupa a discussão em torno da autoridade, porque a lei está estruturada para ter autoridade para ter padronização no entendimento e na aplicação da lei. Não se pode pulverizar a aplicação da lei, com aplicações diferentes por setor”, enfatizou. No entanto, é justamente a questão da autoria que corre mais risco. Como já disse publicamente algumas vezes, Thiago Camargo, secretário de política de informática do MCTIC, voltou a defender o veto da criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). “É por questão de inconstitucionalidade e por questões de mérito. Defendemos que a criação de autoridade seja imediata e por Medida Provisória para aproveitar a janela de oportunidade de 18 meses para entender os impactos que a lei possa a ter”, justificou. Sem dar detalhes, o secretário disse que o Ministério da Fazenda encaminhou parecer do PLC de 152 páginas. “Não sei o que tem, mas [o volume] me preocupa. Na ‘reunião do fim do mundo’, com diversos ministérios, falavam em [solicitar] 40 vetos”, disse, completando que o que é mais falado é a ANPD. Presidente do Centre for Information Policy Leadership, Bojana Bellamy, defendeu por diversas vezes a criação da ANPD como sendo um instrumento fundamental para a aplicação da lei. “Não vejo a autoridade como um problema, elas operam dentro da lei e o poder não é arbitrário”, afirmou. Uma das críticas que foi feita à ANPD, ao longo dos debates, refere-se à aplicação de multas. Bellamy explicou que, sim, é necessário percorrer um longo caminho e amadurecimento para o entendimento acerca das multas e aplicação das mesmas. De opinião semelhante, Bruno Gencarelli, líder da unidade de proteção e fluxo internacional de dados na Comissão Europeia, destacou a necessidade de as multas serem aplicadas com base em evidências. Vinicius Marques de Carvalho, professor da USP e ex-CADE, disse acreditar que a ANPD deveria ter um modelo mais parecido com o CADE e a CVM do que com as agências reguladoras existentes atualmente. “A lei cria a autoridade com modelo baseado em conselho consultivo por pessoas que vão fornecer diretrizes e também sociedade civil; seria um modelo de autarquia em regime especial. Este modelo tem várias dimensões positivas, como autonomia. É importante que a autonomia preserve a capacidade de ter legitimidade e referência”, disse.  Ao comentar quais vantagens o Brasil tem por ser um dos últimos países de seu porte a passar uma lei de proteção de dados, Bellamy chamou a atenção para a possibilidade de o País buscar as melhores praticas e adaptá-las às suas necessidades. “A lei traz os princípios básicos e não entra em detalhes. Ela diz os objetivos a serem alcançados e não o que fazer para obtê-los. As leis de privacidade têm a ver com garantir que os dados fluam para a sociedade e sejam usados com responsabilidade. Estar em conformidade com a lei deveria não apenas ser legal como fazer bem ao negócio”, disse.   Thiago Camargo, da Sepod, também se mostrou contra a possibilidade de ter auditoria em banco de dados sem ordem judicial. “Acho que governo não poderia fazer isto, não acho saudável ter uma autorização desta”, disse. Além disto, questionou o fato de a lei dar obrigações ao governo, mas não exigir prestação de contas (accountability). A lei possível Da perspectiva do setor privado, as companhias têm se mostrado a favor da lei por ela trazer segurança jurídica para coleta e tratamento de dados. Ana Paula Bialer, da Brasscom, lembrou que a lei se faz ainda mais necessária diante de uma economia baseada em dados e na qual se precisa tratar dados para inovar. “Existia uma percepção de insegurança jurídica para fazer investimentos e desenvolvimento de novos negócios no Brasil. Vimos com bons olhos a aprovação da lei no Congresso, porque ela está bastante balanceada”, disse, explicando que, ao mesmo tempo em que protege os cidadãos, ela não restringe a inovação e modelos de negócios. Na mesma linha, Andriei Gutierrez, da IBM Brasil, afirmou que, ao se construir uma nova sociedade digital, é importante ter confiança nos pilares que vão fundamentar este novo cenário, tanto para as empresas quanto para governo e os cidadãos têm de ter confiança em fornecer seus dados. Os dois pontos que mais o preocupam são a integralidade da lei e quais serão as condições da aplicação da lei. “O principal ponto de referência que temos que ter é o debate democrático, cobrar do poder executivo de que a decisão passe por um debate democrático.” O Intervozes também está em campanha para a aprovação sem vetos da lei. “A lei não foi ideal, mas entendemos que foi a lei possível e agora estamos numa campanha que é sanciona sem veto, Temer. Temos também um desafio de explicar melhor para as pessoas o impacto da lei”, disse Bia Barbosa, coordenadora do coletivo.

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    13 de setembro de 2023 | Redação da Abranet

    O Banco Central (BC) informou que, em 50 dias de projeto piloto, 500 transações foram bem sucedidas no Drex, a moeda digital brasileira, e 11 instituições operam na rede. Segundo a autoridade monetária, os participantes do programa começaram a ser incorporados à plataforma no fim de julho. De lá para cá, vários tipos de operações têm sido simuladas, tanto no atacado quanto no varejo, disse o BC. De acordo com a autarquia, a primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma Drex para fins de simulação foi realizada nessa segunda-feira (11). Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados, afirmou. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes. Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso. A primeira fase do piloto deve ser encerrada no meio de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte. A cada semana, um tipo novo de operação é realizado pelas instituições participantes. Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex, ressaltou o BC.

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    04 de setembro de 2024 | Da Redação Abranet

    O Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central publicou nesta quarta, 4/9, uma nova instrução normativa que trata de diferentes aspectos da adesão ao Pix, além de prever a oferta de produtos e serviços adicionais ou facultativos. A norma trata de como os interessados, tenham já ou não autorização do BC para operar, devem fazer para aderirem ao sistema de pagamento instantâneo, as diversas etapas do processo e exigências para a formalização, como o projeto de experiencia do usuário, uso de QR Codes, etc. A autoridade monetária também trata de como instituições autorizadas a funcionar podem oferecer serviços adicionais, se habilitar ao Diretório de Identificadores de Contas Transacionais – DICT, ou serviços de iniciação de pagamentos, saque, por exemplo. Prevê, ainda, que uma instituição já participante do Pix, ou em processo de adesão, poderá apresentar, a qualquer tempo, pedido para ofertar ou consumir funcionalidades, de natureza facultativa, relacionadas ao Pix Automático. Além disso, a IN 511 traz um cronograma relacionado aos testes do Pix Automático: I – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix antes de 28 de abril de 2025, inclusive instituições participantes em operação, devem realizar com sucesso os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025; II – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025 devem realizar com sucesso os testes no prazo de oito semanas contadas a partir da conclusão com sucesso da etapa homologatória pertinente; III – instituições que não concluírem a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix até 6 de junho de 2025 devem concluir os testes do Pix Automático dentro do prazo determinado para a conclusão com sucesso dessa etapa; e IV – instituições participantes em operação que ofertem conta apenas a usuários pessoa jurídica e optem por não ofertar pagamentos via Pix Automático devem encaminhar formulário cadastral indicando dispensa da oferta de Pix Automático até 4 de abril de 2025. Instituições participantes do Pix que estejam obrigadas a ofertar serviços do Pix Automático ou que, de forma facultativa, enviem até 4 de abril de 2025 formulário de atualização cadastral indicando a intenção de oferta de serviços do Pix Automático, devem cumprir os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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