Brasil precisa olhar com mais atenção para o Blockchain

19 de abril de 2018

por Por Roberta Prescott*

Em palestra na Convenção Abranet 2018, que acontece na Bahia e reúne 100 empresas de Internet, o web ativista, Gil Giardelli, foi taxativo: o ser humano vai ter de descontruir tudo o que se entende como sociedade. O especialista reforçou como a busca pela inovação transforma diferentes cadeias produtivas. Em TICs, dois exemplos relevantes: a internet das coisas e o blockchain. Para Giardelli, essas tecnologias vão revolucionar o mundo e o ambiente de negócios. E advertiu: as empresas brasileiras não estão dando a devida importância ao blockchain, que em livre tradução, pode ser chamado de um  grande banco de dados de distribuição livre que usa criptografia de última geração. Para especialistas, o blockchain é a segunda era da Internet.Segundo ainda Gil Giardelli, o Brasil está numa bifurcação entre a Estônia, que implantou programa de digitalizar todos os serviços para os cidadãos e a vizinha Ucrânia que, segundo ele, não conseguiu inovar e sair da cortina de ferro. Às empresas de Internet presentes à Convenção da Abranet, o web ativista  enumerou diversas inovações para mostrar como os mercados se transformam. Antes, na década de 1980, as empresas passavam por um ambiente complexo a cada cinco anos. Este intervalo de tempo passou para um ano e hoje tem empresas que vivem isto simultaneamente, disse. É preciso, destacou, unir inovação com lucratividade, um processo que leva as empresas à destruição criativa. Se você não estiver pronto para destruir criativamente o que você faz hoje, alguém fará por você, enfatizou. Entre os exemplos, Giardelli contou que a Philip Morris vai sair da produção de cigarros com fumaça; que a Nestlé vendeu sua unidade de chocolates nos Estados Unidos para criar plataforma com inteligência artificial e interagir com consumidores para proporcionar maior qualidade de vida; que a Inglaterra está usando borra de café para produzir energia; que a Zara está confeccionando em alto-mar; que a Caterpillar desenvolveu larvas para consumir plástico e, assim, acabar com as garrafas pets nos rios. Giardelli lembrou também que as ideias precisam ser implementadas e rapidamente, antes que algum concorrente o faça. A Mercedes-Benz inventou um carro que capta hidrogênio pela frente e produz água, mas só prototipou e a Honda está vendendo água que seus carros produzem, completou.  *Roberta Prescott viajou a Bahia para a cobertura da Convenção Abranet 2018

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