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As diferentes visões no mercado para proteção de dados

30 de agosto de 2017

por Roberta Prescott

As diferentes visões no mercado para proteção de dados
Os setores de agricultura, saúde e cidades inteligentes têm percepções distintas sobre a proteção de dados e a reação de cada um destes segmentos em relação à regulação vai variar de acordo com esta percepção. Esta foi uma das conclusões da pesquisa Um Novo Mundo de Dados, realizada entre os meses de setembro de 2016 e julho de 2017, pelo Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação (GEPI) da FGV Direito SP.  “Alguns setores por tratar de dados mais sensíveis, como é o caso de saúde, tem uma percepção de que precisa ter apenas cuidados, até porque o setor tem regulação para tratar do tema. Já no caso de agricultura há uma percepção diferente, de que a discussão sobre proteção de dados não é pertinente ao setor, mesmo havendo uma integração forte entre dados, que não propriamente pessoais, com dados que são pessoais do agricultor”, explicou Alexandre Pacheco, coordenador do Grupo de Ensino e Pesquisa em Inovação (GEPI) da FGV Direito SP.  No caso das cidades inteligentes, a discussão sobre proteção de dados e a falta de uma regulação afeta a formulação de políticas públicas. Sem autorização legislativa, o agente público não se sente confortável para utilizar determinados dados quando da formulação de políticas públicas. Para Pacheco, o principal ganho da pesquisa foi compreender que uma lei geral pode impactar setores de maneiras muito diferentes e afetar particularmente os empreendedores.  Empresas que têm em seu principal ativo o dado começam a perceber que não têm um campo de segurança para saber o que podem ou não fazer com os dados. “Se a gente quer empreendedores que possam ter no dado o principal ativo para inovar, a ausência de uma regulação, que diga o que ele pode fazer e o que não pode fazer, gera uma insegurança jurídica enorme”, explicou Pacheco.  Um segundo impacto fruto da ausência de uma normativa de proteção de dados é a ideia de que hoje não temos determinados direitos consolidados ao titular dos dados. “Em vários setores, verificamos que há dificuldade enorme para saber de quem é a propriedade do dado”, frisou. Por exemplo, no setor agrícola, empresas terceirizadas que capturam os dados em uma propriedade não podem achar que estes dados a elas lhe pertencem. “Há uma incerteza em relação a quando se tem posse de um dado, quando o dado é a mim confiado, porque estou prestando serviços, ou quando sou o titular daquele dado, seja ele pessoal ou não. Hoje, a falta de clareza em relação à titularidade é grande e uma lei geral poderia diminuir este tipo de dúvida a respeito do dado”, disse Alexandre Pacheco, da FGV Direito.    Quando abordados sobre uma futura lei geral de dados pessoais (PL 5276/16, PL 4060/12 e PLS 330/13), os entrevistados para a pesquisa do setor de saúde concentraram-se em três posicionamentos: de que o setor já muito bem regulado, logo, uma nova regulação não seria necessária; de que a realidade mercadológica internacional é distante da nacional, portanto, não se usa dados pessoais ou já há suficiente consentimento; e que, no caso de uma futura lei que aumentasse a proteção, seria possível mudar a atuação empresarial para ingressar neste novo mercado, hoje inviável pela insegurança jurídica. As três visões, segundo a pesquisa da FGV Direito, comportam problemas, pois há tratamento de dados e eventuais dúvidas dos agentes envolvidos, mesmo quando estes consideram que não o fazem. Um exemplo citado foi quanto à validade de termos de consentimento ou a responsabilidade dos atores intermediários.  Para análise das cidades inteligentes, foram escolhidas as duas iniciativas: Wi-Fi público e estacionamento rotativo digital das cidades de São Paulo, Campinas e Porto Alegre. Responsáveis por esta parte da pesquisa, Carlos Liguori e Victor Doering destacaram como pontos de discussão o próprio conceito de dados pessoais, o escopo de aplicação da lei, a falta de normas gerais de utilização de dados pelo poder público e de seu compartilhamento com atores privados, de normais gerais de transferência internacional de dados pessoais, de garantias de proteção de dados compartilhados por usuários com iniciativas de políticas públicas e a viabilização da utilização de dados pessoais para fins de sinergias público-privada para elaboração, financiamento e execução de políticas públicas. Na área de agricultura, Ana Paula Camelo destacou que há desafios técnicos como falta de padrão dos dados, qualidade dos dados e de conectividade; socioculturais, como adoção de tecnologias de forma integrada; de custo-benefício e obtenção de retorno sobre o investimento (ROI); e jurídicos, como a definição do que é um dado pessoal. “Há também uma discussão sobre riscos, como, por exemplo, se os dados caem nas mãos de pessoas não-autorizadas”, pontuou, acrescentando o risco de armazenamento dos dados em servidores internacionais para a soberania nacional sobre a atividade agrícola.  >> O estudo completo pode ser acessado aqui   

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    13 de setembro de 2023 | Redação da Abranet

    O Banco Central (BC) informou que, em 50 dias de projeto piloto, 500 transações foram bem sucedidas no Drex, a moeda digital brasileira, e 11 instituições operam na rede. Segundo a autoridade monetária, os participantes do programa começaram a ser incorporados à plataforma no fim de julho. De lá para cá, vários tipos de operações têm sido simuladas, tanto no atacado quanto no varejo, disse o BC. De acordo com a autarquia, a primeira emissão de títulos públicos federais na plataforma Drex para fins de simulação foi realizada nessa segunda-feira (11). Cada um dos participantes já habilitados recebeu uma cota da versão para simulação dos títulos públicos e, a partir de então, podem iniciar também a simulação de procedimentos de compra e venda desses títulos entre eles e entres clientes simulados, afirmou. Vários tipos de operações têm sido simuladas tanto no atacado quanto no varejo – como criação de carteiras, emissão e destruição de Drex e transferências simuladas entre bancos e entre clientes. Todos os participantes conectados já realizaram ao menos alguns desses tipos de transações, sendo que cerca de 500 operações foram conduzidas com sucesso. A primeira fase do piloto deve ser encerrada no meio de 2024, com o desenvolvimento ainda de outras facilidades na fase seguinte. A cada semana, um tipo novo de operação é realizado pelas instituições participantes. Todas essas transações são apenas simuladas e se destinam ao teste de infraestrutura básica do Drex, que ainda não conta com a soluções de proteção à privacidade que serão testadas ao longo do Piloto Drex, ressaltou o BC.

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    04 de setembro de 2024 | Da Redação Abranet

    O Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central publicou nesta quarta, 4/9, uma nova instrução normativa que trata de diferentes aspectos da adesão ao Pix, além de prever a oferta de produtos e serviços adicionais ou facultativos. A norma trata de como os interessados, tenham já ou não autorização do BC para operar, devem fazer para aderirem ao sistema de pagamento instantâneo, as diversas etapas do processo e exigências para a formalização, como o projeto de experiencia do usuário, uso de QR Codes, etc. A autoridade monetária também trata de como instituições autorizadas a funcionar podem oferecer serviços adicionais, se habilitar ao Diretório de Identificadores de Contas Transacionais – DICT, ou serviços de iniciação de pagamentos, saque, por exemplo. Prevê, ainda, que uma instituição já participante do Pix, ou em processo de adesão, poderá apresentar, a qualquer tempo, pedido para ofertar ou consumir funcionalidades, de natureza facultativa, relacionadas ao Pix Automático. Além disso, a IN 511 traz um cronograma relacionado aos testes do Pix Automático: I – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix antes de 28 de abril de 2025, inclusive instituições participantes em operação, devem realizar com sucesso os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025; II – instituições que concluíram a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025 devem realizar com sucesso os testes no prazo de oito semanas contadas a partir da conclusão com sucesso da etapa homologatória pertinente; III – instituições que não concluírem a etapa homologatória do processo de adesão ao Pix até 6 de junho de 2025 devem concluir os testes do Pix Automático dentro do prazo determinado para a conclusão com sucesso dessa etapa; e IV – instituições participantes em operação que ofertem conta apenas a usuários pessoa jurídica e optem por não ofertar pagamentos via Pix Automático devem encaminhar formulário cadastral indicando dispensa da oferta de Pix Automático até 4 de abril de 2025. Instituições participantes do Pix que estejam obrigadas a ofertar serviços do Pix Automático ou que, de forma facultativa, enviem até 4 de abril de 2025 formulário de atualização cadastral indicando a intenção de oferta de serviços do Pix Automático, devem cumprir os testes entre 28 de abril de 2025 e 6 de junho de 2025.

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    15 de julho de 2014 | Roberta Prescott

    Passado o evento NetMundial, agora representantes de grupos setoriais trabalham juntos para formar comitê que vai elaborar uma proposta para nortear a migração dos trabalhos da Iana, sigla em inglês para Autoridade para Designação de Números da Internet, para, ao que tudo indica, uma entidade multissetorial.; A IANA é um departamento da ICANN (em português, Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números), cujo controle, até agora, é exercido pela NTIA, agência dos EUA responsável por aconselhar o presidente nos assuntos envolvendo políticas de telecomunicações e de informação.; O atual contrato do governo dos Estados Unidos com a ICANN para gerenciar as funções técnicas de DNS expira em 30 de setembro de 2015, podendo ser estendido por até quatro anos, se a comunidade precisar de mais tempo para desenvolver a proposta de transição. Desde que os Estados Unidos anunciaram sua saída, entidades do mundo todo vêm se organizando para debater como será a feita a transição e quem ficará na coordenação.; Durante o NetMundial, realizado entre 23 e 24 de abril, em São Paulo, o governo dos Estados Unidos se opôs a um modelo multilateral, apontando, entre as condicionantes para a transição, que apoiam o modelo multissetorial (multistakeholder). Os EUA também deixaram claro que não vão aceitar uma proposta de transição que substitua o papel NTIA com uma solução conduzida por algum governo ou uma solução intergovernamental.; O NetMundial foi aclamado por seus participantes por indicar uma série de princípios que devem reger a internet, como a neutralidade de rede, a liberdade de expressão e o direito de acesso. A consolidação destes princípios foi o grande legado, como explicou para a Abranet Vanda Scartezini, representante para a América Latina da ONG PIR. ; ; Cada um dos grupos dos stakeholders, líderes dos principais setores da cada sociedade interessados no tema, elege os participantes que integrarão o comitê, sempre visando ao caráter técnico e não político. No total, cerca de 30 pessoas integrarão o comitê de trabalho cujo objetivo é apresentar uma proposta do que poderia substituir o controle que hoje é da NTIA. Dois brasileiros fazem parte deste comitê: Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e Hartmut Richard Glaser, secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br.; A expectativa, explica Vanda Scartezini, é ter alguma proposta no próximo encontro da ICANN, em outubro em Los Angeles. Despois disto, as ideias vão para consulta pública, quando recebem críticas e sugestões, que são compiladas e analisadas. “Esta é a primeira fase de trabalhos. Como é um grupo grande, imagino que eles devam se dividir em subgrupos”, comenta. ; ;

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