A fornecedora de telefonia IP e serviços de comunicações unificadas Jive quer estreitar o relacionamento com os provedores de Internet. A empresa tem como objetivo saltar dos atuais cerca de mil clientes corporativos para cinco mil até o fim de 2018; e colocou os ISPs na sua estratégia. Em entrevista à Abranet, Peter Kodic, presidente da Jive no Brasil, contou que a empresa tem algo como 60 mil clientes PJ no mundo inteiro. No País, a comercialização da plataforma começou há aproximadamente um ano e todas as vendas são efetuadas por meio de canal, com parceiros de vários segmentos. Kodic enxerga o mercado brasileiro bastante promissor, especialmente, nas grandes capitais, onde, segundo ele, já existe infraestrutura boa para internet de qualidade. “Tem boa base de fibra ótica e link por rádio também tem qualidade boa. Faltam serviços de nuvem em cima desta infraestrutura”, disse. E é justamente esta lacuna que a Jive quer suprir. A empresa de comunicação unificada na nuvem acaba de anunciar o lançamento do Jive Contact Center, uma tecnologia baseada em nuvem que se integra completamente ao Jive Voice, o serviço de PABX hospedado da empresa. O modelo de negócio para os ISPs pode ser tanto de atuar como revendedor — recebendo comissão pela venda e uma receita recorrente mensal — como oferecendo os produtos e serviços da Jive em modelo de white label. Este último caso vale apenas para provedores com mais de 500 clientes corporativos, explicou Kodic. “Estamos realmente abordando o mercado de ISP pela primeira vez agora. Nos EUA boa parte do nosso canal é de ISPs”, disse. No modelo em que o ISP atua como revenda, ele tem ação puramente comercial. Uma vez feita a venda, cabe à Jive fazer o resto, que, por ser baseado na internet, não envolve instalação de equipamentos no cliente. Neste modelo, o cliente paga diretamente para a Jive, que repassa comissão ao ISP.