Metade das empresas brasileiras foi vítima de ataques ransomware em 2016

13 de março de 2017

por Redação Abranet

Metade das empresas brasileiras foi vítima de ataques ransomware no ano passado, segundo alerta pesquisa da Trend Micro, fornecedora especializada na defesa de ameaças digitais e segurança na era da nuvem. Um levantamento feito com cerca de 300 empresas brasileiras, além de mais 200 empresas em outros países da América Latina, mostrou que 51% das empresas brasileiras pesquisadas disseram ter sido vítimas de um ataque no ano passado e 56% não contam com tecnologia para monitoramento e detecção de comportamento suspeito na rede. Além disso, 54% responderam que não possuem tecnologia para detectar criptografia não-autorizada. A pesquisa “Análise do perfil de risco de exposição a Ransomware” avaliou o preparo das empresas contra ataques de ransomware e também a forma como as organizações têm respondido a tais ataques ao longo do 2º semestre de 2016. Também foi constatado que as empresas confiam muito nos dados de backup nos servidores e desktops (80% dos entrevistados) como a principal defesa contra ransomwares. Quando perguntados sobre políticas de controle de acesso aos dados, 61% afirmaram ter essas políticas definidas e implementadas. De acordo com a Trend Micro, estes resultados mostram uma aparente desconexão entre a percepção das defesas de segurança da organização e do número de ataques eficazes de ransomware. Dentre os dez segmentos analisados que foram atacados por ransomware, o setor de educação foi o mais afetado (82%), seguido de governo (59%) e em terceiro lugar, varejo (57%). Do total, 65% não utilizam análise de sandbox (análise de arquivos suspeitos) no email e web gateway e 47% não possuem tecnologia para blindar vulnerabilidades antes da instalação da correção. Além disto, 63% responderam que não detectam nem bloqueiam atividades suspeitas nas pastas compartilhadas nos servidores. Ao comentar a pesquisa, Franzvitor Fiorim, líder técnico da Trend Micro Brasil, afirmou que os casos de ransomware tiveram uma “ascensão meteórica” no ano passado e que o principal meio de infecção continua sendo o e-mail e o uso de engenharia social, por isso a necessidade cada vez maior das empresas em conscientizarem os seus funcionários contra este tipo de ataque. Fiorim alertou que existem kits completos para ataques de ransomware à venda na chamda deepweb e a facilidade para pagamento do resgate em bitcoins traz um retorno financeiro para o atacante muito mais rápido do que outras modalidades de crime. Para Fiorim, a previsão para 2017 é que o crescimento de ransomware se estabilize, mas os métodos de ataque serão mais diversificados e o risco vai se manter bastante alto. Para a defesa, o especialista recomenta desenhar uma estratégia holística de defesa para detectar e prevenir ataques de ransomware antes que possam se infiltrar em uma organização se provou mais bem-sucedida. Uma abordagem multicamadas para a segurança, com proteção de e-mail e de gateways, terminais, redes e servidores da web, pode proteger melhor as empresas e mitigar o risco de ransomwares. 

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