Inteligência em todas as coisas ditará futuro da tecnologia

26 de outubro de 2016

por Roberta Prescott

Inteligência em todas as coisas ditará futuro da tecnologia
Uma malha digital inteligente moldará o futuro, impactando pessoas, negócios e a própria tecnologia. Neste cenário, o uso de realidade aumentada e realidade virtual transformará a forma como os indivíduos interagem uns com os outros e com os sistemas de software e a inteligência artificial contará com técnicas avançadas cada vez mais ultrapassam os algoritmos tradicionais baseados em regras para criarem sistemas que entendam, aprendam, prevejam, adaptem e, possivelmente, operem de forma autônoma. Além disto, os assistentes pessoais virtuais realizarão tarefas mais complexas e a aprendizagem avançada de maquinas ditará comportamentos mais sofisticados e interação com mais naturalidade no ambiente. Na visão de David Cearley, vice-presidente e membro do Gartner, a chamada “inteligência em todas as partes” culmina na combinação entre os mundos virtual e real, na qual as tecnologias e abordagens científicas de dados estão evoluindo para incluírem o aprendizado avançado das máquinas e a inteligência artificial, permitindo a criação de inteligentes sistemas físicos e baseados em software que estão programados para aprenderem e se adaptarem. “A experiência do usuário mudará a maneira como tudo é entregue, tendo na base usos mais avançados de inteligência artificial e internet das coisas”, disse. “Dentro de cinco a sete anos, todos os aplicativos com os quais interagimos hoje terão uma nova interface com o usuário”, completou. Cearley conversou, nesta quarta-feira (26/10), com jornalistas, ocasião na qual compartilhou as dez principais tendências tecnológicas estratégicas, aquelas que têm potencial disruptivo e que estão começando a sair de um estado emergente para impacto e uso maiores ou que sejam tendências de rápido crescimento, com um alto grau de volatilidade, alcançando pontos cruciais nos próximos cinco anos. Em sua fala, Cearley explicou que a combinação das tecnologias inteligentes vai além de lançamentos como o Google Glass. “As empresas precisam partir de um problema para buscar a solução na tecnologia e não o inverso, não olhando as tecnologias de forma isolada”, explicou. “Imagine um problema em uma mineradora. Mais fácil e barato que mandar alguém no local para resolver, é usar os recursos de inteligência para dar assistência remota e promover colaboração real na empresa.”  Com os mundos físico e digital se tornando mais interligados, surge a necessidade de se criar plataformas e serviços para entregar a chamada malha digital inteligente. Neste sentido, Cearley ressaltou que o advento do blockchain, um tipo de registro distribuído no qual as transações de troca de valores são sequencialmente agrupadas em blocos, impactará todos os setores. Os conceitos de blockchain e registros distribuídos estão ganhando força, pois prometem transformar os modelos operacionais da indústria. Para ele, ainda que diversas provas de conceito estejam sendo feitas, o blockchain não está maduro. “Os registros distribuídos terão um grande impacto em diversos segmentos, como cadeia de suprimentos e mercado de seguros, porque reduz os atritos de negócios”, explicou. 

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