A interferência no sistema de comunicação sem fio é um problema enfrentado por provedores de Internet, mas que tem solução, conforme explicou Marcio Romano, gerente de vendas regional na Cambium Networks, durante sua apresentação no Futurenet, evento da Abranet promovido na segunda-feira (17/10), durante a Futurecom. A interferência diminui a disponibilidade do espectro de frequência, degrada o sinal, promove a perda de pacotes de dados e o atraso do envio e recebimento deles (delay), diminui a capacidade de tráfego, aumenta a latência e o jitter, explicou o especialista. Como consequência, sistema fica instável, não confiável e tem capacidade reduzida, o que implica em perda de receitas. Romano explicou que os tipos mais comuns de interferência incluem o ruído ambiente (o chamado ruído de fundo, que está sempre presente e é causado pelo número cada vez maior de equipamentos que utilizam a tecnologia sem fio); a interferência externa e a autointerferência. “A interferência externa é a mais difícil de controlar, porque provém de outras redes ou outros equipamentos e não conseguimos resolver a questão, porque não está sob nosso controle. Já a autointerferência ocorre quando sinais distintos provêm de uma rede sob o nosso controle”, explicou.  De acordo com Marcio Romano, para combater o ruído ambiente e a interferência externa, os provedores podem adotar antenas direcionais, fazer o isolamento das antenas (relação frente/costas), filtrar ruídos e usar protocolo de interface aérea. “É software desenvolvido para lidar com problemas de radiofrequência”, explicou. Outra medida é rever o posicionamento das antenas. “Às vezes, elas podem estar muito altas, por exemplo. Quanto mais alta, recebe mais interferência de todo horizonte. Baixar a antena tem cobertura menor, mas menos interferência”, disse. Além disto, as empresas podem recorrer à sincronização por GPS para mitigar a autointerferência.