Para Vint Cerf, a Internet ainda precisa melhorar a padronização e pensar a longevidade

05 de outubro de 2016

por Roberta Prescott

Para Vint Cerf, a Internet ainda precisa melhorar a padronização e pensar a longevidade
A Internet é uma obra inacabada que necessita de constantes melhorias. Em palestra durante o congresso mundial WCIT 2016, realizado em Brasília entre 3 a 5 de outubro, Vint Cerf, cocriador da Internet e atual chefe-evangelista sobre Internet e vice-presidente da Google, citou os diversos padrões existentes, como IETF, W3C, IEE, ITU-T, ITU-R e ISO, para ressaltar a necessidade de estabelecer padrões para promover o desenvolvimento tecnológico.   Cerf chamou atenção para o fato que a Internet não é 100% segura e que deveria funcionar na mesma maneira em todo lugar não importando o lugar do mundo — e ressaltou que o sucesso da Internet está na liberdade de expressão e ao livre acesso a ela. O desenvolvimento da Internet deve ser centrada nas pessoas, sendo acessível financeiramente e em termos de infraestrutura, além de possuir um conteúdo que tenha utilidade localmente.   Contar com softwares confiáveis e que tenham atualizações disponíveis, autenticação fim a fim e proteção à privacidade foram outros pontos levantados pelo “pai” da Internet. Ele também ressaltou a necessidade da mudança para IPv6 como forma de conseguir suportar a explosão de dispositivos conectados à rede, com o advento da internet das coisas. Falando da longevidade do mundo digital, Cerf voltou a bater na tecla que a preservação de arquivos depende da disponibilidade de mecanismos de “leitura” dos mesmos. A questão a resolver é como assegurar que os arquivos digitais antigos poderão rodar nos softwares novos. “Algumas pessoas vão dizer que isto não importam se não conseguirem ver fotos, mas elas não sabem se seus descendentes vão se importar com isto. Temos problemas técnicos para resolver para preservar o legado”, destacou. Como em outras palestras, Cerf aproveitou para comentar sobre seu projeto de Internet interplanetária, no qual começou a trabalhar em 1998. Recentemente, ele contou, o grupo descobriu que o protocolo TCP/IP não funciona entre planetas.

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