VI Fórum da Internet debate segurança, inclusão digital, inovação e bens culturais

12 de julho de 2016

por Redação Abranet*

Segurança e direitos, inclusão digital, inovação e bens culturais foram temas debatidos durante no VI Fórum da Internet no Brasil (Pré-IGF Brasileiro), que ocorre até esta quarta-feira (13/7) em Porto Alegre (RS). Na abertura do evento, que contou com a participação de representantes de todos os setores, Maximiliano Martinhão, coordenador do CGI.br e secretário de política de informática do MCTIC, afirmou que a Internet não se limita aos números IPs, mas são as pessoas que usam e fazem a Internet. Já José Fortunati, prefeito de Porto Alegre, enfatizou que o Fórum aponta para o desenvolvimento sustentável e inclusivo usando a Internet. Em complemento, Demi Getschko, conselheiro do CGI.br, afirmou que os debates devem se concentrar em como aproveitar a Internet para o bem geral e também como preservá-la do jeito que ela é. A alfabetização digital e fluência digital foram lembradas pela professora da UFRGS e ex-conselheira do CGI.br, Liane Tarouco. Em sua opinião, um dos desafios que precisam ser discutidos no Fórum é como as instituições de ensino podem preparar os alunos para que sejam cidadãos do século XXI. Nas trilhas, foram debatidos temas como inovação e capacitação tecnológica; segurança e direitos; e conteúdos e bens culturais. A Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) apresentou os resultados de uma pesquisa que mostrou a concentração de profissionais na região Sudeste e no cargo de analista de sistemas computacionais. A partir isto, discutiu-se a formação de profissionais para lidar com a Internet, o impacto das tecnologias na educação, no mercado de trabalho e as características interdisciplinares dos profissionais de Internet. Com relação aos projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que alteram princípios estabelecidos pelo Marco Civil da Internet, os participantes apontaram a necessidade de proteção da neutralidade da rede e de investimento em educação digital para conscientizar usuários sobre os riscos e oportunidades da Internet. Maneiras de estimular o discurso não discriminatório na rede também foram abordadas durante o encontro. Questões de grande repercussão, especialmente para a indústria cinematográfica, literária e fonográfica, como direitos autorais, compartilhamento de conteúdos e bens culturais, e o desenvolvimento inclusivo do mercado de aplicações foram analisadas na trilha conteúdos e bens culturais. O encontro se propôs ao debate sobre a construção de uma agenda brasileira para o desenvolvimento da economia da cultura e de cadeias produtivas relacionadas às artes e cultura, apoiadas em ferramentas digitais e que contemplem diversos atores. As múltiplas perspectivas das empresas, do terceiro setor, do Governo e da academia sobre a universalização e inclusão digital foram tratadas numa trilha exclusiva sobre o assunto. Entre os pontos ressaltados pelos participantes, estão a Internet enquanto serviço essencial estabelecido por lei, a importância de diferenciar Internet de telecomunicações ao aprofundar o ambiente regulatório, a necessidade de revisão do modelo de prestação de serviços de telecomunicações, o desenvolvimento da infraestrutura de banda larga para ampliar o acesso e os impactos sociais decorrentes da falta de conexão. * Com informações do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)

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