TV paga sente menos a crise e registra aumento de audiência

30 de junho de 2016

por Roberta Prescott

O setor de TV por assinatura pode voltar a crescer assim que as condições econômicas forem favoráveis, afirmou Oscar Simões, presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura, durante congresso ABTA, que ocorre nesta semana em São Paulo. Em sua fala, na abertura do evento, Simões ressaltou que o setor vem apresentando um desempenho melhor do que a média da economia nacional. Como comparação, o presidente da ABTA afirmou que o setor recuou 2,2% em 2015, um porcentual abaixo do registrado pelo Produto Interno Bruto (PIB) nacional, que foi de 3,8%. “Ao contrário do que alguns pensavam, a TV por assinatura se fortaleceu e se tornou ainda mais relevante para os brasileiros”, disse. Simões aproveitou a abertura para destacar o impacto negativo que o aumento do ICMS, levado a cabo por alguns estados brasileiros, teve para a TV paga. “Este resultado poderia ter sido melhor, se 15 estados e mais o Distrito Federal não tivessem aumentado em 50% o ICMS a partir de janeiro de 2016 e em plena crise.” O presidente da ABTA também destacou a audiência recorde dos canais pagos no 1° trimestre deste ano, que superou a marca de 2 milhões de telespectadores por minuto. Ele aposta que a audiência cresça ainda mais com os Jogos Olímpicos. Junto às classes média e de baixa renda, que representam a maior parte da população, uma pesquisa realizada pela empresa Plano CDE mostrou que a TV por assinatura é uma das principais fontes de lazer para 74% dos entrevistados. Para 79%, este veículo oferece opções culturais para sua família e, para 52%, os canais pagos ajudam na educação. Quase metade (47%) afirmou ter adquirido hábitos mais saudáveis acompanhando programas da TV paga, enquanto 64% dizem ter aprendido a elaborar novas opções alimentares.

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