Angola Cables aposta em rotas alternativas de cabos submarinos para conquistar provedores de Internet

31 de maio de 2016

por Roberta Prescott

Angola Cables aposta em rotas alternativas de cabos submarinos para oferecer a provedores de internet, operadoras de Telecom e clientes corporativos. A companhia de telecomunicações angolana está com dois novos cabos submarinos de fibra óptica — o Monet e South Atlantic Cable System (SACS). De acordo com a empresa, a criação de rotas alternativas para as telecomunicações globais, principalmente entre a África e o continente americano, propicia redução de custo, aumento da capacidade de transmissão de dados e melhoria na qualidade do acesso à informação. Segundo o gerente-comercial da Angola Cables no Brasil, André Martins, tais fatores capacitam a empresa a comercializar capacidade de até 100 Gigas aos provedores de Internet. Para atender à demanda o mercado nacional e concretizar novos negócios, a Angola Cables está ampliando sua estrutura no escritório do Brasil, colocando, inclusive, um especialista na área comercial para falar e se relacionar diretamente com o mercado. O cabo submarino Monet, que interligará Santos, Fortaleza e Miami, tem previsão de término da construção em 2017. A rota possui como investidores a Angola Cables, o Google, a Antel (Uruguai) e a Algar Telecom (Brasil). Serão seis pares de fibra — dois deles da Angola Cables, com capacidade de comunicação de pelo menos, 60 Tbps, distribuídos em cerca de 10 mil km.    Já o SACS (South Atlantic Cable System) aparecerá como alternativa para conexão direta do Brasil com o continente africano, uma vez que, atualmente, todos os cabos submarinos africanos passam necessariamente pelo continente europeu, assim como no caso do Brasil, a passagem pelos Estados Unidos é obrigatória. O SACS ligará Luanda (Angola) à Fortaleza via Atlântico Sul e terá cerca de 6 mil quilômetros e capacidade de comunicação de pelo menos 40 Tbps, sendo integralmente de propriedade da Angola Cables. A previsão é que comece a operar a partir de 2018.  Data center em Fortaleza Outra aposta da empresa africana é a construção de um datacenter na Praia do Futuro, em Fortaleza. As obras estão previstas para serem iniciadas ainda neste primeiro semestre e o início das operações é esperado para o primeiro trimestre de 2017. De acordo com a empresa, o datacenter será um ponto agregador de vários cabos internacionais e permitirá a troca de informações entre eles. O objetivo é que o espaço possa interligar os seis cabos de fibra óptica que existem hoje na região, além de cinco novos cabos em construção. Isso permitirá que os provedores de Internet localizados no Nordeste possam trafegar dados com maior capacidade e acessarem a Internet de forma mais rápida.

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