Publicado relatório final da CPI Ciber

05 de maio de 2016

por Roberta Prescott

A versão final do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos, votado nessa quarta-feira (4/5), foi publicada contendo 34 propostas, sendo seis novos projetos de lei, alguns deles bastante controversos e que geraram debates. Por outro lado, a CPI também enviou ofícios ao município e ao Estado de São Paulo para que as autoridades apurem eventual sonegação fiscal por parte de Facebook, Twitter e Yahoo. Tais empresas informaram à CPI que não recolhem o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) em virtude do veto ao subitem 17.07 da lista prevista na Lei Complementar nº116, de 31 de julho de 2013 e nem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicações (ICMS). Ao anunciar o encerramento das missões atuais, o deputado Esperidão Amin (PP/SC) falou sobre a proposta de mudança na chamada Lei Carolina Dieckmann para retirar do o atual texto expressão que diz que são considerados crimes apenas os episódios de invasão que exponham os dados pessoais a risco de divulgação em benefício de proveito ilícito do invasor. “Esta expressão foi retirada e, assim, a proposta contida nesse projeto fará com que qualquer invasão possa ser objeto de investigação e pronunciamento judicial”, reforçou Amin. Outro ponto polêmico trata-se do projeto de lei sobre de bloqueio de aplicações. Amin justificou que o texto aprovado na votação proibiria e não facilitaria a interpretação do Juiz Montalvão, que suspendeu as atividades do aplicativo WhatsApp no começo desta semana. O deputado explicou que pelo texto aprovado só poderiam vir a ser retirados do ar sites sítios que estivessem localizados fora do nosso País e que não tivessem representante no País. “Não é o caso do WhatsApp, que tem representante aqui — tanto o Facebook, quanto todos os outros sítios de mensagem instantânea que atuam no Brasil e que são por nós conhecidos”, pontuou. A CPI realizou cerca de trinta Audiências Públicas e ouviu depoimentos de aproximadamente 120 convidados e convocados que prestaram contribuições e esclarecimentos autoridades regulatórias. A íntegra do documento pode ser acessada aqui. 

leia

também