Para maioria das pessoas, darknet deveria ser extinta

29 de março de 2016

por Roberta Prescott

Os redutos secretos da Internet, redes fechadas por meio das quais se compartilham imagens pedófilas, comercializam narcóticos ilegais ou planejam atos criminosos, deveria ser extinta. Uma pesquisa conduzida pela Ipsos a pedido do Centro para a Governança Internacional de Inovação (CIGI na sigla em inglês) mostrou que 71% das pessoas entrevistas acreditam que a chamada darknet deveria ser desligada. Acessível por meio de navegadores especiais, a darknet permite compartilhar conteúdo de maneira anônima, sendo impossível identificar o usuário, e também de forma privativa com arquivos criptografados. A darknet não deve ser confundida nem com dark Internet ou Internet obscura, que se refere a qualquer ou todos os servidores de rede inalcançáveis por meios convencionais, e nem com deep web, termo que se refere ao conteúdo da web que não é indexado pelos mecanismos de busca padrão. A pesquisa da Ipsos entrevistou, entre 20 de novembro e 4 de dezembro de 2015, cidadãos de 24 países, incluindo o Brasil. Para o CIGI, uma pergunta a se fazer é por que 29% das pessoas considera que a darknet não deveria ser extinta. Para o Centro de Governança a resposta pode estar no desejo de cidadãos globais em preservar o anonimato e contar com benefícios que são também uma parte central da darknet. Para Eric Jardine, pesquisador do CIGI e especialista em darknet, o anonimato é uma  faca de dois gumes: enquanto algumas pessoas podem usar a rede para fins criminosos, outras podem usá-lo para o bem. Contudo, para ele, apesar da opinião pública indicar que as redes de anonimato deveriam ser combatidas, esta não é uma solução de longo prazo, uma vez que provavelmente se mostraria ineficiente e cara.   

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