Huawei e Alcatel-Lucent afirmam estarem preparadas para atender demanda dos provedores em LTE

03 de dezembro de 2015

por Roberta Prescott

Os provedores de Internet estão no foco central do leilão de sobras de faixas de frequências, a ser realizado, pela Agência Nacional de Telecomunicações, no próximo dia 17/12. Ainda que o edital não aponte qual tecnologia deve ser usada nas bandas adquiridas, a mais comum para as faixas é o Long-Term Evolution (LTE). De fato, entrar em LTE aumenta as oportunidades de negócios para os ISPs. Resta, contudo, saber se os fornecedores possuem ofertas que atendam às necessidades dos ISPs, uma vez que eles estão mais acostumados a vender grandes projetos para operadoras de telecomunicações. Para entender isto, a redação da Abranet procurou os principais fabricantes de equipamentos. Tanto Alcatel-Lucent quanto a Huawei afirmaram ter soluções voltadas para os provedores de Internet. Procuradas, a Ericsson ainda não respondeu à solicitação de pauta, assim como a Comba e a Trópico. De acordo com Roberto Falsarella, gerente de soluções de redes da Alcatel-Lucent, explicou que o leilão da Anatel será para faixas licenciadas. Para FDD são as faixas 1800 MHz e 2,5 GHz e para TDD, as faixas de 1900 Mhz e 2,5 GHz. “Nestas faixas, a tecnologia LTE é a mais recomendada, pois todas são padronizadas e contemplam um ecossistema farto de dispositivos e infraestrutura”, disse. O uso de frequências licenciadas permite maior controle sobre a qualidade de serviço a ser oferecido para o usuário final. “Com LTE, abre-se uma grande oportunidade para explorar novos modelos de negócios tais como conectividade para Internet das Coisas, cidades digitais / e-Gov, modalidades de MVNO (para indústria vertical, associado a algum serviço over-the-top), MiFi de hotspots nomádicos com WiFi, aplicações específicas como transferência de dinheiro, acordos de roaming com outras ISPs, mobilidade para WiFi, etc.”, destacou Falsarella. A rede LTE também pode ser utilizada para a expansão da cobertura de rede de um ISP em regiões nas quais ainda não está presente, como zonas rurais, locais nos quais a rede óptica tem cobertura restrita ou mesmo para possibilitar a entrada em novos mercados e regiões, por possuir um tempo de implementação relativamente mais rápido que uma rede óptica. “Outra possibilidade é usar LTE para prover diferentes serviços complementares à sua capacidade de rede atual, como serviços de mobilidade, rádio troncalizado (trunking) a entidades governamentais e empresas de infraestrutura (aeroportos, portos, energia e segurança, por exemplo). Além disso, LTE poderia ser utilizado como rede de acesso para conexões máquina-máquina (M2M, na sigla para machine to machine)”, complementa Anderson Tomaiz, gerente-sênior de soluções da Huawei Enteprise. “O LTE é a tecnologia mais avançada de banda larga móvel disponível no mercado global, e a convergência das tecnologias de banda larga fixa e móvel poderá trazer aos ISP enormes vantagens competitivas e diferenciais para os mercados que eles atuam”, diz Tomaiz.

leia

também