Uber: convergência online-off-line incomoda ao mudar a forma de atuação

29 de setembro de 2015

por Roberta Prescott

A Uber nada mais faz do que coordenar relação que já existem no mundo off-line, defendeu o diretor de políticas públicas da Uber no Brasil, Daniel Mangabeira, durante o 2º Congresso Brasileiro de Internet, realizado pela Abranet, em Brasília. Mangabeira reconheceu que a Uber causa muita controvérsia nas cidades nas quais começa a operar, mas chamou a atenção que o foco do debate não deveria gerar em torno da Uber, mas, sim, englobar o funcionamento de todo um novo mercado que gera potencialidades de compartilhando e inverte a lógica de propriedade em favor do acesso. “Quando você tenta criar a convergência dos mundos online e off-line você acaba provocando uma rediscussão das formas tradicionais de fazer as coisas e desafiando o status-quo. Quando você pisa no calo de alguns setores que já estão estabelecidos há muito tempo nas nossas cidades, você acaba despertando um posicionamento contrário que é muito forte e pode ser violento”, disse. Mangabeira defendeu que a Uber incentiva um novo modelo econômico que dá acesso a bens, proporciona o usufruto de bens em vez de promover a propriedade. Ele também falou sobre o impacto do aplicativo para melhorar a mobilidade urbana, uma vez que “aloca mais indivíduos se utilizando do mesmo ativo”. Também comentou sobre a mudança cultural da Uber e dos benefícios socioeconômicos. “Hoje, temos 5 mil motoristas parceiros cadastrados na plataforma. Assumimos compromisso publico de alcançar 30 mil até fim do ano que vem. Recolocamos pessoas no mercado de trabalho.” Assistam.

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