De compartilhamento de carros a marketplace de sustentabilidade: startups usam a Internet para revolucionar o mercado

02 de setembro de 2015

por Roberta Prescott

Desde a criação da Internet, a rede mundial dos computadores vem transformando a sociedade. A Internet proporcionou a criação de uma série de empresas que, até então, não era possível. Atualmente, startups estão chamando a atenção do mundo inteiro devido à inovação de empreendedores, em sua maioria jovens, que querem colocar em prática uma ideia de negócio.  Durante o painel “Diálogos sobre inovação”, realizado na Conferência Regional Sul da Abranet, realizada nos dias 1 e 2 de setembro, ficou bastante claro o uso da plataforma Internet como meio de desenvolvimento de novos negócios. Sandro Vieira, presidente-executivo do Instituto Brasileiro Qualidade e Produtividade - IBQP -, destacou o papel fundamental dos associados da Abranet para levar conexão, uma vez que as startups dependem da Internet como meio de atuação.  A Fleety é uma empresa de compartilhamento de veículos, que nasceu da ideia de conectar proprietário de carros ociosos com pessoas que gostariam de alugá-lo por um período. “Nossa principal missão hoje é entregar valor para as duas pontas e a Internet que possibilitou isto porque encurta caminhos”, destacou Andre Marim, sócio-fundador da Fleety. Atualmente, a plataforma está disponível nas regiões metropolitanas de Curitiba e São Paulo, mas a expansão nacional já está na programação. “A Internet redesenha as pessoas e pessoas redesenham a Internet.”  Outro exemplo é o marketplace de sustentabilidade ForUs, que não seria possível sem a Internet. Caio Castro, fundador do ForUs, conta que, com as crises hídrica e energética, as pessoas começaram a pensar em sustentabilidade e a buscar soluções. Sua sacada foi fazer um espaço onde as pessoas poderiam buscar fornecedores para diversas soluções sustentáveis para economia de água, de energia etc. ao fazer solicitação, cada cliente recebe três orçamentos para escolher a empresa. “Em pouco menos de um mês, tivemos 4100 pessoas envolvidas e 40 fornecedores cadastrados, que conseguiram aumentar as vendas com a nossa rede”, afirmou.   No âmbito da cultura, Octávio Nassur criou o Estilyngue para impulsionar a doação para eventos culturais, como teatros e shows. “Não falta dinheiro para cultura, falta acesso a ele”, ressaltou, mostrando que apenas R$ 1,3 bilhão dos R$ 5,590 bilhões possíveis de serem aplicados por meio da Lei Rouanet são usados. Com a Internet, nasceram os hackers. Stephan Garcia, do grupo Code for Brazil e Open Brazil, se autodenomina hacker cívico. A organização junta diversos hackers cívicos para fazer projetos online, como sites e aplicações em código aberto. “Por meio de código aberto, queremos que cidadão faça governo para cidadão e exercite o uso de dados abertos de maneira mais eficaz.”

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