TV paga: Fibra ou DTH? Defina o melhor para o seu negócio

06 de agosto de 2015

por Roberta Prescott

A decisão sobre qual é a tecnologia mais adequada para o provedor de Internet entregar TV por assinatura aos seus clientes foi tema de debate durante painel no último da ABTA, realizada em São Paulo, de 4 a 6 de agosto. Enquanto Luis Eduardo Martins, da Life TV, defendeu o uso da fibra ótica, Alexandre Britto, consultor e ex-CEO da iON TV, acredita que o satélite pode ser a melhor solução.  A qualidade de imagem obtida com a fibra é o principal fator de destaque para Martins e o que tem garantido ao provedor um grau alto de satisfação entre seus clientes. A Life TV atua em Marília (interior de SP) e em mais sete cidades, em três delas com TV. “Temos uma rede bastante robusta com grande capacidade de crescimento. Estamos crescendo para atender à demanda, pois, apesar da crise, as pessoas não estão dispostas a abrir mão do serviço de TV nas suas casas”, disse.  Luis Eduardo Martins acredita que o futuro aponta para, cada vez mais, a utilização da fibra ótica para o provimento de TV. “IPTV vai se tornar padrão; é uma tendência mundial”, afirmou. Já Britto, o modelo de DTH é o mais apropriado para os provedores de Internet, uma vez que apenas poucas empresas contam com rede própria de fibra ótica. “Os pequenos não têm capilaridade de fibra ótica e ainda têm clientes que são rádio. Acho que no curto e médio prazos, a solução ainda é DTH.”  Contudo, Britto observou que o DTH individual é inviável para qualquer ISP. Eles precisam recorrer a um agregador que forneça não apenas a tecnologia, mas também faça a negociação de conteúdo e do set top box. Lições aprendidas Empreender no mercado de televisão paga requer muito planejamento. Em sua fala, na ABTA, Britto deixou claro que é preciso que os provedores de Internet entendam qual é a real demanda que eles têm. “Os ISPs superestimam a capacidade comercial de venda de TV para os clientes finais deles. Vender Internet é bem mais simples que TV”, apontou.  Ao contar a experiência da iON, Britto ressaltou que muitos provedores de Internet achavam que tinham capacidade de vender TV, mas a realidade era outra. Outra recomendação é começar com uma oferta enxuta de canais e um modelo de set top box mais simples e barato, para não onerar a empresa. Quando a base de clientes estiver sólida é o momento para pensar em expansão. 

leia

também