Classe C faz ajustes e põe Internet e TV paga no fim da lista de cortes

05 de agosto de 2015

por Roberta Prescott

Classe C faz ajustes e põe Internet e TV paga no fim da lista de cortes
A classe C mudou consideravelmente nos últimos meses. Está mais escolarizada, mais conectada, possui carro e tem TV por assinatura. Contudo, diante de um cenário econômico desafiador, a pergunta que se fez durante painel, nesta quarta-feira (05/08), na ABTA 2015 é se a TV paga e a Internet banda larga serão cortadas do orçamento. A resposta veio do Maurício Prado, da PlanoCDE, que apresentou dados de um estudo realizado em maio que apontou estes dois itens estão no fim da lista de intenção de cancelamento.  Dentre todas as recentes conquistas — como compra de produtos congelados, sucos prontos, carne, Internet, smartphones, TV paga, plano de saúde, educação particular, viagens, entre outros —, a classe C está selecionando quais itens irá manter no momento de segurar os gastos. “O que mais se cortou foi comer fora de cada, lazer e serviço de beleza. Internet e TV a cabo são últimos a cair.” Um outro lado da reorganização dos custos, o lazer está migrando para dentro de casa e isto é uma oportunidade para o mercado de TV por assinatura. De acordo com o especialista, no primeiro momento de crise, os setores que têm cobrança recorrente são mais resilientes. As pessoas priorizam mudar as marcas que consomem para uma mais barata e cortar gastos não fixos, como lazer.  O estudo apresentado mostra que o brasileiro considera primeiro cortar a alimentação fora de casa (opção de 59% dos entrevistados), o lazer (como cinema e teatro, com 49%) e serviços de beleza (38%). A pesquisa foi realizada com 200 pessoas online, a maioria do sexo feminino e entre 25 e 34 anos, com renda mensal familiar de até R$ 2.500. Do universo total, 81% declararam ter Internet em casa, enquanto 41% afirmaram ter TV a cabo. Outros dados mostram que entre as despesas do domicílio há ainda aluguel (32%), plano de saúde (29%), educação privada (28%), prestação de carro (14%) e prestação de casa própria (10%).

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