O Presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, nesta quarta-feira, 24/06,  confirmou que planeja realizar a licitação de faixas remanescentes, entre elas, a de 3,5GHz, no final de outubro. O órgão regulador vai vender lotes em 2,5GHz, usado para o 4G, em pelo menos 4680 municípios. Os lotes do 3,5GHz ainda não foram definidos. Também vai à licitação, a faixa de 1.8 GHz em São Paulo, que deverá ser disputada pela Nextel, interessada em ampliar a oferta do serviço 4G na capital paulista.Na entrevista, o presidente da Anatel afirma, no entanto, que os valores dos lotes ainda não estão fixados. A agência está iniciando um plano de negócios para submetê-lo a uma consulta pública num prazo de 60 dias. O resultado irá para a validação do Tribunal de Contas da União. O objetivo é evitar possíveis ações judiciais. Os municípios com menor atratividade deverão ter preços menores, o que é bom, porque vamos atender uma grande reivindicação dos pequenos provedores que querem mais infraestrutura para reforçar seus serviços aos consumidores, detalhou.Segundo ainda João Rezende, o leilão das sobras - se acontecer como o planejado no final de outubro - não terá objetivo arrecadatório para o governo. Estamos falando de preços pequenos tanto para 2,5GHz como para 3,5Ghz. A faixa mais valiosa é a de 1,8GHz, em São Paulo. No 2,5GHz, os preços poderão ser mais altos no Rio, São Paulo e Recife. Mas é bom lembrar que as teles estão fora dessa licitação, o que pode atrair novos provedores, explicou. Apesar do momento econômico nacional, o presidente da Anatel acredita que o leilão terá interessados. São frequências que vão propiciar o reforço da infraestrutura para pequenos, médios e grandes provedores. Queremos muito que esses ISPs participem para aumentar a competição, finaliza. *Com informações do Jornal O Estado de São Paulo