Anatel discute reduzir burocracia e custos para pequenos provedores

15 de junho de 2015

por Luis Osvaldo Grossmann*

A Anatel está trabalhando em uma consulta pública para definir uma proposta que dispensa os pequenos provedores - com até cinco mil assinantes - de licença para operar. O tema provoca divergências internas no Conselho Diretor do órgão regulador, e o relator, Rodrigo Zerbone, decidiu adiar para julho o debate sobre o tema.A inovação está sendo incluída na revisão do regulamento sobre equipamentos de radiação restrita e a ideia do conselheiro Zerbone é que provedores de acesso com até 5 mil assinantes não precisariam mais da licença para operar – o que valeria para o Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), mas também para o Serviço Limitado Privado (SLP).A proposta em discussão trabalha com a ideia de estender essa dispensa ao licenciamento de equipamentos de transmissão por meios confinados (como fibras ópticas) – além daqueles de radiação restrita (Wi-Fis domésticos, por exemplo, já não exigem licença). “Foi levantada uma questão sobre a possibilidade de dispensa de licenciamento dessas estações e vou estudar melhor uma solução”, explicou o relator Rodrigo Zerbone.Mas além da dúvida jurídica sobre a legalidade da dispensa relacionada aos equipamentos, há entre os integrantes do Conselho Diretor da Anatel - formado pelo presidente da agência, João Rezende, e pelos conselheiros, Marcelo Bechara, Igor de Freitas e Rodrigo Zerbone -  quem questione a própria liberação da licença de operação. Isso porque provedores com menos de 5 mil acessos já são beneficiados com regras mais leves no regulamento do SCM – além de o valor da licença ser de apenas R$ 400.A proposta, porém, mira reduzir não apenas o valor, mas busca ainda liberar essas pequenas empresas da burocracia e dos outros custos associados à apresentação de projetos, bem como do prazo médio de seis meses para a tramitação desses pedidos na agência reguladora. *Com informações do portal Convergência Digital

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