Primeiro trecho do Amazônia Conectada sai em um ano e liga Coari—Tefé com fibra ótica

27 de janeiro de 2015

por Roberta Prescott

Primeiro trecho do Amazônia Conectada sai em um ano e liga Coari—Tefé com fibra ótica
As primeiras realizações do Programa Amazônia Conectada, que visa criar uma infraestrutura de fibra ótica no interior do Estado de Amazonas, devem se tornar realidade dentro de um ano. A previsão é de que, em 12 meses, seja implantado o trecho de 220 quilômetros, entre Coari e Tefé. O orçamento inicial para esta etapa é de cerca de R$ 15 milhões — os investimentos para o Programa Amazônia Total, em toda sua extensão, está estimado em R$ 1 bilhão.  Conforme Eduardo Grizendi, diretor de engenharia e operações da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), explicou à Abranet, a prova de conceito está sendo realizada em uma extensão de 10 km do Rio Negro, com previsão de finalização em março, interligando duas bases do exército brasileiro (EB) em Manaus, como parte da expansão da Rede Metropolitana de Manaus, a MetroMAO, da PRODAM e da RNP.  “Este trecho já beneficiará as atividades de ensino e pesquisa, telemedicina, ensino a distância e ações ligadas à saúde, segurança pública, trânsito e turismo, desenvolvidas pelos parceiros do programa, e de atendimento à população em geral e empresas, por meio dos provedores de internet”, disse Grizendi.  O pontapé inicial do Programa Amazônia Conectada foi dado em novembro do ano passado quando foi assinado o memorando de entendimento RNP com o Exército. Atualmente, a área de engenharia de redes da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) está no Estado do Amazonas, juntamente com outros representantes dos parceiros do programa, em visita técnica in loco, no trecho de lançamento do cabo Coari-Tefé.  O programa prevê a construção de várias rotas ópticas de cabo subfluvial na Amazônia. Grizendi detalha que, além do primeiro trecho, outras rotas ópticas e seus respectivos trechos estão sendo desenhados para a implantação de cabos subfluviais nos principais rios da Bacia Amazônica. Com isto, espera-se levar, no longo prazo, conectividade para milhares de habitantes das cidades ribeirinhas da região.  O financiamento do primeiro trecho deverá ser do exército brasileiro, mas não está descartada a entrada de recursos de outras fontes. Para todo o Programa Amazônia Conectada, Grizendi acredita na participação de recursos privados de operadoras de telecomunicações e dos governos estaduais da região da Amazônia e do governo federal. A RNP, em contrapartida ao financiamento do exército, afirmou que irá investir em outras regiões do país, como a Rota Fortaleza — Porto Alegre, e, juntos, exército e RNP compartilharão entre si as rotas investidas individualmente, detalhou Grizendi.  Impactos do programa Com a implantação dos novos trechos de cabo subfluvial, espera-se que exista a necessidade de expandir a capacidade de banda em Manaus, onde já existe um ponto de presença da RNP que está conectado atualmente à rede acadêmica brasileira por fibra óptica a 1 Gb/s.  Além disto, a expectativa é que com a conclusão do programa Amazônia Conectada uma série de serviços de rede de dados com a mesma qualidade da capital (Manaus) e de outras regiões do País poderá ser oferecida para a população do interior do Estado do Amazonas.  “Isto significa expandir a infraestrutura de comunicações na Amazônia e fomentar o desenvolvimento do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) na região; expandir os programas governamentais de tele-ensino e telessaúde, promover a inclusão digital de povos indígenas e populações ribeirinhas, expandir e melhorar as comunicações utilizadas para fins de educação e pesquisa na Amazônia; expandir e melhorar as comunicações militares administrativas e operacionais na Amazônia; e promover a interiorização de políticas públicas das esferas de governo federal e estadual”, pontuou Eduardo Grizendi, diretor de engenharia e operações da RNP.

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