Ministério do Planejamento coloca em execução plano para disseminação do IPv6

27 de novembro de 2014

por Roberta Prescott

Parte do atraso na adoção de IPv6 pode ser atribuído a demora do governo de adotar a nova versão do protocolo Internet. Neste sentido, a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento instituiu um plano para a disseminação do uso IPv6 nas esferas públicas.  Daniel de Sousa Araújo, da SLTI, explicou, durante evento do NIC.br, realizado dia 26/11 em São Paulo, que alguns desafios, tanto do mercado quanto no governo, que existiam no ano passado já foram vencidos, como o baixo interesse das operadoras e provedores de internet de ofertar links em IPv6, oferta de equipamentos de rede em transição do IPv4 para pilha dupla e pouca disseminação do conhecimento técnico no governo.  O plano de disseminação do uso IPv6 começou a ser desenhado em 2012, mas somente em maio deste ano o MP elaborou um levantamento de informações junto aos órgãos para diagnosticar a situação quanto a viabilidade e a preparação do uso do protocolo IPv6. Este levantamento teve a participação de 55 órgãos. “Os resultados mostraram que poucas instituições tinham experiência com a implantação deste protocolo. Poucos haviam feito testes pilotos e gestores tinham desconforto para implantar IPv6”, explicou.  Com base nisso, o MP definiu ações com menor e maior grau de dificuldade. Entre as mais fáceis, Araújo destacou as adequações de infraestrutura física, uma vez que a maioria dos equipamentos, há algum tempo, oferece suporte a IPv6, e adequações de infraestrutura lógica. Seriam, conforme explicou, mais ajustamentos de contratos com os provedores de acesso e serviços.  A parte mais difícil inclui o treinamento das equipes, os testes pilotos e ações que trouxessem segurança para os gestores. Para tanto, o Ministério, junto com o NIC.br, criou turmas de treinamentos e, até agora, já capacitou 98 servidores federais para IPv6.  No total, serão oito etapas, cada um com duração de seis meses, para fazer a transição dentro dos órgãos do governo. “Tudo que acessa via web de fora está na primeira etapa, ou seja, é mais adequação de fornecedor que rede interna”, detalhou Araújo. “A meta final é setembro de 2018, quando 100% do governo federal tem de ter IPv6 em tudo: redes internas, serviços para cidadãos.” 

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