O Parque tecnológico Itaipu (PTI) tem atualmente 100% das redes de acesso e todos os servidores públicos (DMZs) e corporativos em IPv6. Na média, 45% de todo tráfego de download e 7% de upload do PTI é feito usando o novo protocolo de Internet. João Paulo de Lima Barbosa, do PTI, explicou durante evento IPv6, do NIC.br, realizado nesta quarta-feira (26/11) em São Paulo, que o boom da implantação já passou, mas ainda há trabalho a fazer. De acordo com ele, sempre que possível a criação de redes é realizada exclusivamente em IPv6 e o novo protocolo tem utilização plena para todos os serviços públicos e para os principais serviços internos. No entanto, ainda falta implantar IPv6 nas redes fechadas que têm equipamentos limitados para o novo protocolo, como CFTV, VoIP e interfaces de gerência. As redes de terceiros que utilizam blocos do PTI, como instituições parceiras, também não estão em IPv6. “Podemos influenciá-los a migrar, mas não obrigá-los a colocar.” Sem abrir os números, Barbosa destacou que o maior gasto financeiro foi na parte wireless, devido ao número de  clientes conectados, uma média de mil. A estratégia de adoção foi na contramão do que o NIC recomenda, mas, relatou Barbosa, como o PTI não é provedor conteúdo, optou-se por fazer as estações antes dos servidores, o inverso do orientado. “Colocamos 100% dual stack (pilha dupla) em toda a rede, fizemos alocação de bloco /40 para cada centro de roteamento e blocos /64 são autoidentificáveis. A documentação dos IPs encontra-se na ferramenta IPPLAN.” Entre os problemas e as dificuldades encontradas, Barbosa assinalou que o suporte a IPv6 ainda é precário, inexistente ou confuso. Ele citou como exemplo o fato de a operadora Oi não dar suporte muito precário a IPv6 e alguns softwares não terem suporte ou ter somente parcial, como o caso do sistema de ERP Protheus. A rede do PTI está dividida em sete centros de roteamento, registra consumo médio de link de 170 Mbps e tem uma média de clientes da rede sem fio de mil usuários, número que aumenta exponencialmente quando eventos são realizados na localidade. Para suportar tudo isto, o PTI conta com 260 servidores. “Fomos reconhecidos pelo portal World IPv6 Launch como o primeiro colocado nacional e quinto mundial na proporção de implantação de IPv6 dentro do AS com 83,15%”, revelou.