PTT-RJ deveria ter mais sistemas autônomos e tráfego maior

25 de novembro de 2014

por Roberta Prescott

O ponto de troca de tráfego da cidade do Rio de Janeiro (PTT-RJ) está aquém das expectativas no que diz respeito ao número de sistemas autônomos (AS) conectados e volume de tráfego. A constatação ficou evidente em painel com representantes de diversos setores no evento PTT Fórum 8, realizado pelo NIC.br em São Paulo nesta semana. Ao colocar um ponto de presença na cidade, o especialista em redes do Netflix (leia matéria sobre expansão dos POPs da empresa), Flávio Amaral, disse que esperava mais AS conectados ao PTT-RJ. “Havia expetativa de mais tráfego e mais ASNs no PTT-RJ”, afirmou Amaral para quem o Rio tem potencial. No debate durante o painel, Antonio Carlos Pina, da Mandic, foi enfático: os AS que não se conectam ao PTT estão perdendo muito. “Uma das questões que temos pensado muito é por que o RJ não tem mais tráfego e algo que consideramos chave é o Teleporto”, afirmou Julio Sirota, do NIC.br, ao defender que o edifício inaugurado em 1995 e que já foi POP da Embratel seja “o maior PIX do Rio de Janeiro. Um impulso para fomentar o PTT-RJ deve vir da realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos na cidade, uma vez que a infraestrutura para os megaeventos já começa a ser preparada.   Mesmo sem atuar comercialmente, por exemplo, vendendo hospedagem, a Globo.com quer candidatar seu data center que está sendo construído no Rio de Janeiro para ser um PIX do PTT-RJ. De acordo com Marcus Vinícius G. Cesário, suporte de telecom da Globo.com, estão sendo investidos pouco mais de R$ 100 milhões em um data center localizado na região de Jacarepaguá .   Já a NetBotanic é ponto de interconexão (PIX) e viu o tráfego crescer para cerca de 30 gigas em 2014. “Todos os ISPs que usaram o PTT Moebius, hoje, estão no PTT-RJ e representam um terço dos ISPs neste PTT atualmente”, assinalou Pedro Alves, da NetBotanic. Para o ano que vem, a empresa planeja migrar sua estrutura do bairro Jardim Botânico para São Cristóvão para oferecer conexão em fibra apagada do Teleporto até o switch PTT metro RJ.   “Queremos oferecer trânsito IP internacional e acesso a rotas de fora de Rio de Janeiro com preços baixos, aumentando, assim, a competitividade e a qualidade das operadoras ligadas ao PIX NetBotanic”, enfatizou Alves.

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